Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Soares, Sílvia Maria Pereira
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Orientador(a): |
Faria, Patrícia Carneiro Lobo
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Banca de defesa: |
Engel, Vera Lex
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3933
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Resumo: |
Melinis minutiflora (Poaceae) é uma espécie de origem africana que tem causado grandes problemas em ambientes naturais no Brasil. Ela é uma espécie exótica invasora muito agressiva e de difícil controle. Em Juiz de Fora, MG, ela domina uma área de clareira antrópica no interior da Reserva Biológica Municipal Santa Cândida. Este trabalho teve como objetivos avaliar o potencial de regeneração dessa clareira, através da caracterização do banco de sementes e da chuva de sementes e avaliar o potencial de diferentes métodos de restauração ecológica baseados na nucleação. O banco de sementes foi quantificado em 12 amostras sob árvores (SP) e 12 em locais abertos, sob capim (SC), com dimensões de 25x25x3cm. A quantificação das sementes foi feita através da germinação, acompanhada por 4 meses em casa de vegetação. No interior da clareira foram capinados 10 transectos de 2,5x15m, onde foram instaladas 10 parcelas com os seguintes tratamentos: controle (sem capina), capina (regeneração autóctone), capina e transposição de solo (regeneração alóctone), monitoramento da chuva de sementes (coletores de 1m²) e plantio de mudas, todos monitorados durante 12 meses. As amostras para a transposição do solo foram coletadas sob a vegetação do entorno da clareira, em 10 parcelas de 1,0x0,5x0,1m aleatoriamente alocadas, essas foram espalhadas em 10 parcelas de 1,0x1,0m. Foram plantadas mudas de Schinus therebinthifolius, Trema micrantha e Virola bicuhyba em 3 diferentes tratamentos, com 5 repetições, compondo parcelas com apenas uma muda (P1); parcelas com 3 mudas da mesma espécie (P2) e parcelas com 3 mudas, sendo uma de cada espécie (P3). O banco de sementes apresentou uma densidade média de 12.646,67 ± 9.428,06 sementes/m2, sendo que 93% eram da família Poaceae. Não houve diferença significativa na densidade do banco de sementes entre amostras oriundas de SP e SC. SP apresentou menor diversidade (H’ = 0,22) que SC (H’ = 0,39). Em ambas as condições houve o predomínio de espécies herbáceas. Na chuva de sementes foram amostrados 140.701 diásporos com predominância de espécies anemocóricas e herbáceas, sendo que 93% dos diásporos pertencem a M. minutiflora. Na regeneração autóctone foi amostrada, no último mês de monitoramento, uma densidade de 57,2 ± 52,4 plantas/m², foram identificadas 39 espécies, com a predominância de herbáceas, sendo que as mais abundantes, depois de M. minutiflora, foram Borreria alata, Sida glaziovii e Crotalaria pterocaula. Na transposição do solo, a densidade média amostrada no último mês de monitoramento foi de 46,7 ± 41,8 plantas/m², sendo reconhecidas 66 espécies, com a predominância de herbáceas, e poucos representantes de espécies arbóreas como Apuleia leiocarpa, Cecropia sp, Croton urucurana, e Trema micrantha. Mudas de S. therebinthifolius e T. micrantha apresentaram um bom crescimento em altura e diâmetro, que não diferiram estatisticamente entre P1, P2 e P3. A taxa de mortalidade foi nula para S. therebinthifolius, de 20% para T. micrantha, em especial no tratamento P2, e de 88% para V. bicuhyba. Todos os tratamentos, com exceção do plantio de mudas, apresentaram a dominância de espécies herbáceas e a forte presença de M. minutiflora, mostrando que o manejo do capim-gordura é necessário para acelerar a regeneração na clareira. |