“Seja homem de verdade!”: (Re)constituindo masculinidades numa escola de cidade pequena e do interior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, José Rodolfo Lopes da lattes
Orientador(a): Ferrari, Anderson lattes
Banca de defesa: Castro, Roney Polato de lattes, Souza, Marcos Lopes de lattes, Caetano, Marcio Rodrigo Vale lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11458
Resumo: O presente trabalho é resultado de uma pesquisa realizada em uma escola de uma cidade pequena e do interior do Estado do Rio de Janeiro. Através de observações, de diferentes momentos do cotidiano escolar, busquei compreender como se constituíam, nos jogos das relações de saber-poder, as masculinidades neste contexto. Realizadas durante aproximadamente quatro meses, pude observar diferentes momentos e interações entre seus/suas alunos/as, professores/as e outros/as funcionários/as. Dessa forma, o objetivo deste texto é discutir e problematizar a construção das masculinidades neste âmbito assumindo perspectiva teórico-metodológica Pós-Estruturalista e os Estudos Foucaultianos. Durante a pesquisa pude perceber que não há homogeneidade na forma de “ser homem” e que há processos discursivos/não discursivos implicados na “construção” desses sujeitos. Também trago como problematizações ações comumente naturalizadas como “brincadeiras”, “piadas”, “formas de se relacionar” em nossa sociedade. Uma vez que esse trabalho defende que passamos por diferentes processos de construção, também há como aposta a possibilidade de (re)construção. Entendendo, assim, que somos sujeitos mutáveis e com diferentes formas de resistência frente a processos disciplinares. Como possibilidade das (re)construções trago a perspectiva de Michel Foucault sobre a amizade e as possibilidades que se abrem para se repensar sobre aquilo que está posto como “o natural”, “a ordem das coisas”. Assumo assim como investimento e defesa a compreensão de que a linguagem (re)produz sujeitos, significados, saberes e relações. É necessário dizer que há a possibilidade de resistir e (re)construir novas possibilidades, saberes, sujeitos e relações.