Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Costa, Pedro Henrique Antunes da
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Orientador(a): |
Colugnati, Fernando Antonio Basile
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Banca de defesa: |
Grincenkov, Fabiane Rossi dos Santos
,
Silva, Girlene Alves da
,
Vecchia, Marcelo Dalla
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Mello, Marcia Gomide da Silva
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5793
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Resumo: |
Por meio da presente tese, objetivo o empreendimento de uma compreensão abrangente sobre as redes de atenção aos usuários de drogas no Brasil, entendendo seus fundamentos teórico-conceituais e marcos políticos, mas também como se conformam na prática. O trabalho encontra-se estruturado em três capítulos. O primeiro consiste numa tentativa de compreender e sinalizar possibilidades de abordagem às drogas na contemporaneidade brasileira. O segundo diz respeito à análise de conteúdo temática das atuais políticas e principais aparatos normativos-legais brasileiros sobre drogas, visando elucidar suas conceituações e caracterizações sobre as redes de atenção aos usuários de drogas, assim como algumas de suas categorias centrais, traçando possíveis contradições e potencialidades. Já o terceiro capítulo refere-se a um estudo empírico que avaliou a rede de atenção em sua concretude prática, no município de Juiz de Fora, Minas Gerais, tomando como proposta avaliativa a Análise de Redes Sociais. Foi constatada uma série de proximidades e distanciamentos entre as políticas e a rede na prática, bem como entraves no estabelecimento da integralidade e intersetorialidade e uma rede altamente centralizada no CAPSad. Observou-se também uma predominância no estabelecimento de relações de referência e contrarreferência de usuários, em detrimento da coordenação conjunta de casos e realização de programas em conjunto. Aponta-se para a necessidade de modificação da lógica de encaminhamentos, especialmente para os dispositivos especializados e de urgência/emergência, em direção ao cuidado compartilhado. Uma maior articulação entre os Sistemas Único de Saúde (SUS) e Assistência Social (SUAS) também é colocada, sobretudo na realização de programas e ações institucionais que vão para além do cuidado pontual. Conclui-se que as redes de atenção aos usuários de drogas são arranjos ainda recentes, abordando uma temática demasiadamente complexa e heterogênea, não se conformando, portanto, como estratégias prontas, estáticas, definitivas, mas que vão sendo moldadas ao longo do tempo. Nesse sentido, são necessárias algumas modificações advindas desde as políticas e aparatos normativos na área para que possam, posteriormente, reverberar positivamente na prática, possibilitando o fortalecimento das redes de atenção aos usuários de drogas. |