Telejornalismo policial e a legitimação do senso comum conservador em dois universos de recepção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ribeiro, Fábio Ricardo dos Anjos lattes
Orientador(a): Fernandes, Dmitri Cerboncini lattes
Banca de defesa: Leal, Paulo Roberto Figueira lattes, Idargo, Alexandre Bergamo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1810
Resumo: A partir de argumentação favorável à ideia de que a televisão, enquanto veículo de comunicação de massa, por características que são próprias do meio sócio-técnico, ainda é capaz de em grande medida legitimar representações sociais vigentes em determinada coletividade, este trabalho investiga o papel desempenhado nesse processo por um dos produtos televisivos de maior repercussão no Brasil: os telejornais policiais. Procura-se evidenciar aqui algumas fundamentais constrições próprias ao contexto de produção desses programas a partir de um estudo de caso fruto de etnografia realizada na Redação de um telejornal policial local. Analisa-se, no que é significativo para os propósitos argumentativos deste trabalho, forma e conteúdo da mensagem emitida por esses programas e investiga-se, comparativamente, em dois universos de classe distintos, a recepção dessa mensagem. O objetivo, com essa abordagem, que tenta dar conta dos âmbitos da produção, do texto propriamente dito e da recepção, é o de compreender relacionalmente um complexo mecanismo de construção e legitimação de visões de mundo em determinado universo social. Visões de mundo estas que são de cunho conservador, em correspondência com o lugar no menu da indústria cultural ocupado pelos telejornais policiais, bem como atinente a determinada posição no espaço social ocupado por aqueles que os assistem e que reproduzem opiniões afins às veiculadas nesses onipresentes programas televisivos.