Avaliação de ativos alavancados sob risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Resende, Larissa de Oliveira lattes
Orientador(a): Perobelli, Fernanda Finotti Cordeiro lattes
Banca de defesa: Perobelli, Fernando Salgueiro lattes, Behr, Patrick Gottfried lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Economia
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/199
Resumo: Considerando que os métodos de avaliação de empresas e ativos mais utilizados atualmente sejam fundamentados no pressuposto de dívida sem risco, negligenciando os efeitos colaterais da dívida e não estimando o retorno justo do capital próprio desalavancado que não pela fórmula de Hamada (1969), baseada na dívida sem risco, acredita-se que a avaliação de ativos alavancados sob risco sofra um viés que distancia o valor calculado desses ativos de seu real valor de mercado. Dessa forma, torna-se de extrema importância o estudo do custo da dívida, consideradas as possibilidades de inadimplência e demais riscos nela embutidos e, consequentemente, seus impactos nos custos do capital próprio e do ativo. Essa dissertação se propôs a responder à seguinte pergunta: em um contexto de dívida com risco, a partir do custo do capital e risco sistêmico do capital próprio alavancado observáveis no mercado, como os métodos de avaliação deveriam estimar: o retorno justo da dívida; o retorno justo do capital próprio desalavancado; o custo médio ponderado de capital da firma; e o valor da firma. A partir de uma analise detalhada dos processos de Avaliação de Ações apresentadas em Laudos de Avaliação divulgados para empresas selecionadas (Braskem e NET); foi estimado o custo da dívida a partir dos retornos históricos das ações e do modelo de Cooper e Davydenko (2007); estimou-se o beta da dívida a partir da regressão da série de custos da dívida estimados em relação ao prêmio de risco do mercado; foi calculado o beta não alavancado num contexto de dívida com risco; se estimou o retorno justo sobre o capital próprio desalavancado num contexto de dívida com risco; foi calculado o valor das empresas analisadas e seu preço por ação segundo métodos do FCFF/WACC, APV e CCF; e, em seguida, se comparou o valor encontrado com o valor fornecido por modelos convencionais de avaliação que não consideram o efeito da inadimplência esperada no custo da dívida, com o preço de mercado e com o valor patrimonial por ação. Se concluiu, então, que o uso de modelos mais consistentes teoricamente podem contribuir para uma melhor avaliação do valor justo de uma ação, projeto ou firma.