Sobrevida de mulheres com câncer de mama subtipo luminal assistidas em Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Carmo, Patrícia Oliveira lattes
Orientador(a): Guerra, Maximiliano Ribeiro lattes
Banca de defesa: Castellano Filho, Didier Silveira lattes, Cintra, Jane Rocha Duarte lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/374
Resumo: Em geral, o câncer de mama subtipo luminal exibe melhor prognóstico em relação aos outros subtipos tumorais. No entanto, a doença nesta condição pode assumir uma evolução desfavorável em algumas circunstâncias, o que sinaliza para a necessidade de melhor entendimento sobre o comportamento deste subtipo tumoral. O presente estudo teve por objetivo estimar a sobrevida livre de doença de mulheres em cinco anos com câncer de mama subtipo luminal e avaliar as variáveis prognósticas, clínicas, sociodemográficas, histopatológicas, relacionadas à utilização dos serviços de saúde e ao tratamento visando conhecer o impacto destas e sua implicação na recorrência e sobrevida da população estudada. Os dados foram obtidos a partir de uma coorte de base hospitalar, composta por 331 mulheres diagnosticadas com a doença no período entre 2003 e 2005, com perfil imunohistoquímico compatível com tumor luminal, não metastático (estadios I, II e III), atendidas em hospital referência em Oncologia no Município de Juiz de Fora – MG. A sobrevida livre de doença em cinco anos foi de 79,5% (IC95%: 74,6-83,6). Na análise univariada, observou-se associação da recorrência do tumor com o tipo de serviço de saúde, estadiamento, tamanho tumoral, comprometimento linfonodal e número de linfonodos comprometidos, quimioterapia e hormonioterapia (p<0,05), sendo verificada menor recorrência para as mulheres que frequentaram o serviço privado, que apresentaram doença inicial, menor tamanho tumoral e ausência de comprometimento linfonodal axilar e que foram submetidas a hormonioterapia. No modelo multivariado, permaneceram gravidade da doença e hormonioterapia como os fatores prognósticos mais importantes. As técnicas de biologia molecular representam o futuro do tratamento do câncer e também para os tumores luminais. Deve-se garantir o acesso ao tratamento hormonal quando indicado e os estágios avançados devem ser objeto de abordagem terapêutica mais ampliada.