O grito de vanguarda no videogame: intertextualidades entre Árida e Deus e o diabo na terra do sol
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes
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Departamento: |
IAD – Instituto de Artes e Design
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00033 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16797 |
Resumo: | A presente pesquisa parte do desafio proposto por Walter Benjamin para a realização de produções culturais que conciliem um posicionamento político útil ao proletariado na luta de classes e, ao mesmo tempo, sejam corretas do ponto de vista estético. A aplicação desse dilema é feita ao cenário atual em que os videogames se destacam como produtos culturais significativos e exercem influência na sociedade. O estudo analisa o jogo brasileiro Árida: backland’s awakening (2019) como um exemplo de produção engajada que aborda questões de classe. A análise crítica do jogo em relação à representação eurocêntrica é feita sob a perspectiva dos estudos pós-coloniais e enriquecida através da leitura comparada com o filme Deus e o diabo na terra do sol, de 1964, de Glauber Rocha. Levando-se em consideração que os videogames já nasceram inseridos em uma estrutura colonialista de criação, distribuição e consumo, essa pesquisa mostra que o jogo brasileiro consegue comunicar de forma eficiente ao público um posicionamento político engajado e pautar uma discussão antissistema, ao mesmo tempo em que é esteticamente correto como propôs o filósofo. A investigação também discute a relação entre cinema e videogames, explorando a possibilidade de os jogos serem utilizados como ferramentas pedagógicas de resistência. Além disso, são abordadas questões relacionadas ao discurso hegemônico da indústria capitalista e a relação com o colonialismo, tanto no cinema quanto nos jogos. |