Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Lemos, Rayla Amaral
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Orientador(a): |
Neves, Luiz Antonio Tavares
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Banca de defesa: |
Pereira, Karina
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Tibiriçá, Sandra Helena Cerrato
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2166
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Resumo: |
O avanço no cuidado obstétrico e neonatal tem proporcionado a sobrevivência de crianças com altos graus de prematuridade e baixo peso ao nascer, que apresentam marcada susceptibilidade para alterações em seu desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos em longo prazo da prematuridade e do baixo peso ao nascimento sobre as habilidades funcionais e a independência de crianças entre 2 e 7 anos de idade acompanhadas em um serviço de follow-up. Foi realizado estudo de caráter transversal, utilizando o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade – PEDI uma entrevista estruturada com cuidadores de crianças e que avalia as habilidades funcionais e o nível de independência destas. Os 98 participantes (50 do sexo feminino e 48 do masculino), com idade média de 4,3 anos, foram divididos de forma independente em três grupos de acordo com o grau de prematuridade e em outros três grupos de acordo com o peso ao nascer. Foram coletados também dados sociodemográficos e ambientais. Realizaram-se análises estatísticas de variância com um e dois fatores e regressão linear multivariada, com nível de significância α=0,05. Houve atraso de 10,2%, nas habilidades funcionais de autocuidado (HFAC), 12,2% nas de mobilidade (HFM), e de 14,3%, função social (HFFS). Quanto ao nível de assistência recebida do cuidador o atraso foi de 11,2% em autocuidado (ACAC), 19,4% em mobilidade (ACM) e 15,3% em função social (ACFS). A análise bivariada não revelou associação estatisticamente significativa entre os índices de prematuridade e baixo peso ao nascer com nenhum dos domínios do PEDI. As análises de variância mostraram que a interação entre estes fatores e os ambientais como nível socioeconômico, escolaridade, etnia e estado civil do cuidador, número de complicações neonatais, frequência em creche e presença de irmãos, exerceu influência estatisticamente significativa sobre áreas específicas do perfil funcional e independência dos participantes. Com o ajuste das variáveis na regressão linear múltipla mantiveram valores significativos: número de complicações neonatais com o desfecho HFAC quando se considera no modelo a idade gestacional, e peso ao nascer com o desfecho ACAC, no modelo que considera o peso. A interação entre a prematuridade, o baixo peso ao nascer com fatores ambientais parece exercer importantes efeitos sobre o desempenho funcional de crianças pré-escolares. Os achados podem subsidiar políticas públicas e ações voltadas à população com risco biológico para alterações no desenvolvimento. |