Manu chao: a mescla como instrumento de crítica do intelectual quiebra ley

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silveira, Raquel da lattes
Orientador(a): Carrizo, Silvina Liliana lattes
Banca de defesa: Noronha, Jovita Maria Gerheim lattes, Silva, Anderson Pires da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2104
Resumo: A canção e o trabalho engajado de alguns intelectuais constituem uma esfera artística e social de grande alcance e importância. O texto literário, e neste incluímos também a canção, como resultado de uma produção discursiva, participa tanto do processo social quanto do sistema significante em que está inserido. Esta dissertação discute a presença de artistas intelectuais na sociedade, tratando de identificar como estes cumprem seu papel no que se refere à formação de opinião de seu público. Para tanto, enfocaremos o trabalho do cantor e compositor franco-espanhol José Manuel Arturo Tomas, o Manu Chao, tendo como corpus artístico o álbum Clandestino: esperando la ultima ola (Virgin Records/1998). Através da análise de algumas canções e depoimentos, descreveremos e exemplificaremos como o comportamento intelectual é exercido por esse sujeito cosmopolita, capaz de falar várias línguas e transportar-se de um país a outro, sem mais dificuldades. Como resultado, encontramos, então, um artista engajado que se comporta como o intelectual que chega para observar, refletir e comunicar ao mundo, a partir da canção como crônica cosmopolita, o que acontece nos lugares por onde passa, ao transformar suas canções e seus shows em momentos de reflexão política, provocando, assim, uma abertura de fronteiras. Ao cantar, ato acima de tudo de ação comunicativa, Manu Chao reivindica e mescla diferentes tradições culturais de uma infinidade de países por onde passou e/ou viveu, utilizando a “patchanka” como voz que assinala o hibridismo e unifica uma mensagem. Com isso, expõe um projeto musical concreto que se encontra fora de uma formatação pré-estabelecida, mas dentro de uma maneira inteligente de aproveitamento e subversão dos meios de comunicação para produzir e divulgar seu projeto contra-hegemônico.