Disfunção vasodilatadora durante o estresse mental em pacientes com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mira, Pedro Augusto de Carvalho lattes
Orientador(a): Laterza, Mateus Camaroti lattes
Banca de defesa: Trombetta, Ivani Credidio lattes, Paula, Rogério Baumgratz de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1649
Resumo: INTRODUÇÃO: Prévios estudos demonstram que pacientes com doença renal crônica apresentam resposta pressórica exacerbada durante o estresse mental. Entretanto, não é conhecida a influência da vasodilatação nessa resposta pressórica inadequada. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi testar a hipótese de que os pacientes com doença renal crônica apresentam disfunção vasodilatadora durante o estresse mental. MATERIAIS E MÉTODOS: Nove pacientes com doença renal crônica e doze indivíduos saudáveis pareados por idade (41 ± 5 vs. 35 ± 5 anos, p=0,36, respectivamente) foram estudados. O estresse mental foi induzido por meio do teste de confusão de cores. A pressão arterial (método oscilométrico - DIXTAL® 2023), frequência cardíaca (eletrocardiograma - DIXTAL® 2023) e o fluxo sanguíneo do antebraço (pletismografia de oclusão venosa - Hokanson®) foram registrados simultaneamente durante 3 minutos basais seguidos de 3 minutos de Estresse Mental. A condutância vascular do antebraço foi calculada pela divisão do fluxo sanguíneo do antebraço pela pressão arterial média. RESULTADOS: Em condições basais os pacientes com doença renal crônica apresentaram valores elevados de pressão arterial em comparação aos indivíduos saudáveis (p<0,01). Ambos os grupos aumentaram significativamente (efeito tempo; p<0,01) e similarmente (efeito interação; p=0,51) a pressão arterial durante o estresse mental, contudo, os pacientes com doença renal crônica mantiveram, durante todo o protocolo, níveis elevados em comparação aos indivíduos saudáveis (efeito grupo; p=0,04). Apesar de semelhante no basal (p=0,26), o comportamento do fluxo sanguíneo do antebraço durante o estresse mental foi distinto entre os grupos (efeito interação; p<0,01). Os pacientes com doença renal crônica aumentaram o fluxo sanguíneo do antebraço, entretanto, apresentaram durante todo o protocolo valores inferiores aos indivíduos saudáveis. Além disso, os pacientes com doença renal crônica não apresentaram mudanças significativas na condutância vascular durante o estresse mental (p=0,80), enquanto, os indivíduos saudáveis apresentaram aumento significativo em relação ao basal (p<0,01). As mudanças ocorridas na condutância vascular durante o primeiro minuto de estresse mental se correlacionaram negativamente com os valores de creatinina sérica (r=-0,47, p=0,04). CONCLUSÃO: Os pacientes com doença renal crônica apresentam disfunção vasodilatadora durante o estresse mental.