Abrindo portas do programa escola aberta: as vozes dos/as usuários/as no município de Contagem- MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Cláudia Marins de lattes
Orientador(a): Cunha Junior, Carlos Fernando Ferreira da lattes
Banca de defesa: Martins, Andre Silva lattes, Sousa Junior, Justino de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2007
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo analisar a ação no campo do esporte e do lazer do Programa Escola Aberta (PEA), promovido pelo Ministério da Educação (MEC), do Governo Federal, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a partir de entrevistas realizadas com seus usuários do município de Contagem (MG). A relevância da pesquisa está na carência de estudos que avaliem as políticas públicas no campo do esporte, do lazer e da educação na perspectiva do público atendido. O PEA é uma política pública que começou a ser implementada em 2004, resultado de discussões sobre os elevados índices de violência entre jovens no Brasil. Assim, o PEA, na esfera federal, articulou parcerias com governos estaduais e municipais com o objetivo de incentivar, no final de semana, a abertura de escolas públicas localizadas em territórios de vulnerabilidade social com pouca oferta de espaços de lazer e cultura. A metodologia da pesquisa envolveu a aplicação de questionários a usuários do PEA do município de Contagem, bem como a análise de seus documentos oficiais. Nossa análise do PEA percebeu as limitações do programa em relação aos seus objetivos centrais. Questionamos se a parceria com um organismo internacional, a UNESCO, o incentivo ao voluntariado e a tentativa de apaziguar conflitos significam ou não um atrelamento do PEA às ações (neo)liberais que têm permeado as políticas públicas nos últimos anos. Os usuários do PEA não possuem participação significativa na gestão e no controle social do programa, ainda mais quando analisamos as decisões relativas ao esporte e ao lazer. Os jovens, grupo foco do PEA, representam apenas 29,70% da faixa etária atendida. Em conclusão, percebemos que o PEA trabalha com um conceito restrito de cidadania que enfatiza ações locais, muitas vezes estimuladoras de consensos, e que estimula a ação do voluntariado. Também concluímos afirmando os limites das ações no campo do esporte e do lazer que se apresentaram ineficazes em relação aos objetivos do programa.