Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Fróes, Maria Angela Vasconcelos
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Orientador(a): |
Marques, Luciana Pacheco
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Banca de defesa: |
Almeida, Dulce Barros de
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Clareto, Sônia Maria
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3239
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi desenvolver uma análise de produções acadêmicas na área da Educação Especial, considerando o discurso sobre a deficiência, a relação entre a Educação Especial e a Educação Regular e sobre educação inclusiva. Com base nos estudos de Pessotti (1984), Fonseca (1995), C. Marques (1994, 2001), pude identificar três diferentes formações ideológicas que permitem conhecer os lugares ocupados pelos discursos sobre as pessoas com deficiência, sendo elas a exclusão, a integração e a inclusão. Como recurso metodológico utilizei a análise de discurso na perspectiva francesa. Compõem o corpus discursivo desta pesquisa dez dissertações que tratam das questões relacionadas à Educação Especial, produzidas no ano de 2001, nos diversos Programas de Pós-Graduação em Educação e Educação Especial das Universidades Federais brasileiras, relacionadas no Banco de Teses da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A concepção de deficiência entre as autoras é a predeterminista, uma vez que se posicionam num discurso clínico, com algumas apresentando um deslocamento para uma posição interacionista. A educação das pessoas com deficiência é tratada pelas autoras de forma dicotomizada em Educação Especial e Educação Regular, muito embora esteja em suas falas que a primeira é parte integrante da segunda. As autoras abordam as questões referentes à inclusão sob o ponto de vista da quebra dos paradigmas da exclusão e da integração, considerando que a inclusão deve se estender a todos os setores sociais constituindo-se direito de todas as pessoas. Embora essas idéias se façam presentes nos discursos das autoras, contraditoriamente no que se refere à inclusão escolar de pessoas com deficiência, algumas defendem o isolamento de indivíduos com deficiência ou propõem que antes de inserir crianças com deficiência no ensino regular as mesmas sejam avaliadas pelo grau de comprometimento que apresentam, estabelecendo-se assim aquelas que podem e as que não podem freqüentar a escola regular. As análises das questões propostas mostram que as autoras se posicionam no paradigma da integração, sendo que o que fica mais explicitado são seus gestos de dar visibilidade às questões relacionadas à deficiência, porém algumas vezes ainda situadas numa posição excludente e outras vezes apontando para um discurso inclusivista para o qual ainda não se deslocaram, por fazerem parte dessa mesma sociedade que ainda não tem o paradigma da inclusão como base de todas as suas práticas sociais e educacionais. |