A reforma educacional na América Latina e a disseminação de políticas públicas de avaliação de sistemas educacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mendonça, Liliane de Paula lattes
Orientador(a): Tavares Júnior, Fernando lattes
Banca de defesa: Melo, Manuel Palácios da Cunha e lattes, Brooke, Nigel Pelham de Leighton lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1830
Resumo: A difusão global de políticas públicas em sociedades em desenvolvimento na década de noventa, apresenta-se como um processo consolidado de adoção de políticas estruturadoras em especial, no campo da educação. Essas políticas se afirmam pela implementação de políticas e programas nacionais e subnacionais, voltados para subsidiar e orientar a política educacional na Educação Básica. Nos países do continente latino-americano as avaliações de eficácia escolar passam a corresponder aos modelos de políticas de resultados implementados no período pós-reforma. Considerando a influência do Banco Mundial na definição das políticas adotadas no continente, a pesquisa tem por objetivo analisar o processo de difusão de modelos de avaliação de políticas em larga escala no contexto da modernização da gestão da educação, em países recém-democratizados na América Latina. A metodologia da pesquisa aborda os estudos comparativos internacionais de política educacional pública. Em uma análise investigativa e exploratória dos modelos de avaliação aplicados no continente, espera-se demonstrar como o processo de adoção de modelos de política de avaliação de sistemas educacionais materializou em países como Argentina, Brasil, Chile e Mexico, na década de 1990. Constatou-se que no continente latino-americano, o processo decisório dos governos nacionais foi balizado em uma visão desenvolvimentista, apoiado no processo de descentralização do setor educacional e influenciado institucionalmente pelo Banco Mundial. O processo ocorre pelo consenso dos governos latino-americanos à expertise do Banco Mundial no delineamento de modelos de políticas de avaliação em larga escala em sua maioria em caráter amostral. No nível subnacional, em especial no Brasil, a adoção das políticas públicas de avaliação em larga escala apresenta-se articulada na esfera nacional, contudo, a sua difusão localiza-se na autonomia e no protagonismo dos governos estaduais, em um processo de aprendizagem política, a partir da rede horizontal de desenhos políticos avaliativos que se estabelecem no país, os quais disseminam inovações que tendem a contribuir para um processo hegemônico de difusão de modelos avaliativos censitários na federação.