Do protagonismo à liderança: trajetórias de jovens mulheres em tempos de democracia e de golpe
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00009 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12548 |
Resumo: | A presente tese problematiza o processo de construção das jovens mulheres como sujeitas políticas ativas no contexto brasileiro. As jovens mulheres estão em uma interseção, são jovens e são mulheres ao mesmo tempo; mas, muitas vezes, não estão presentes nas políticas formadas para esses grupos e isso se dá em um contexto nacional no qual o Brasil, em um passado recente, havia assumido a necessidade de formação de políticas públicas para as mulheres e jovens. Apesar disso, as jovens mulheres possuem uma trajetória de participação política atuante no cenário brasileiro, o que a presente tese comprova ao mapear a trajetória deste segmento dentro da política nacional. Através de pesquisa bibliográfica identifico que a formação das jovens mulheres como sujeitas políticas ativas é datada do início dos anos de 2000. Observo, ainda, que a atuação das jovens mulheres nas ocupações estudantis de 2015 e 2016 demonstra a força e a potência das jovens como sujeitas políticas ativas, sendo considerado um processo que consolida a presença das jovens e, portanto, essa identidade. Dessa maneira, tornou-se importante entrevistar mulheres dos dois perfis - mulheres que eram jovens no início dos anos 2000 e jovens mulheres que atuaram nas ocupações de 2015 e 2016 – a fim de identificar a movimentação que culmina na formação e na consolidação deste segmento. Dentre as metodologias utilizadas está a entrevista semiestruturada que me ajuda a formar diálogo com as interlocutoras da pesquisa, essa ferramenta é significada a partir da crítica feminista à ciência. A pesquisa se constitui a partir, também, de uma perspectiva feminista e visibiliza a importância do movimento feminista para a formação e a consolidação da sujeita política jovens mulheres. A interlocução teórica é baseada no diálogo com intelectuais que ajudam a pensar a formação e atuação das jovens mulheres levando em consideração a interseccionalidade que as atravessam. São intelectuais que tendem a trazer o - s para juventude, para o feminismo, para a política e demais elementos que são mobilizados para essa construção, questionando sua formação singular. As entrevistas permitem entender as percepções das minhas interlocutoras no diálogo com as referências utilizadas para a construção da tese. São narrativas baseadas em suas memórias e não pretendem estabelecer uma verdade, mas as significações atribuídas por elas às questões vivenciadas tanto na formação deste processo nos anos 2000, quanto nas ocupações de 2015 e 2016. Suas falas evidenciam a sistemática luta por inclusão das jovens mulheres e a ânsia de terem suas vozes ouvidas e consideradas em uma tentativa contínua de promover uma reescrita subalterna, na qual seus diversos pertencimentos possam ser considerados na formação das políticas públicas e na organização escolar. A tese pretende contribuir com a formação de um histórico sobre as jovens mulheres como sujeitas ativas no cenário nacional, assim como com a sua visibilidade na arena política. Almejando que esta sujeita política consiga, através de sua atuação, padrões mais democráticos em sua existência no social, permitindo, assim, que a sociedade brasileira possa ser um espaço melhor para as mulheres, em todas as suas composições, existirem |