Core biopsy guiada por ultra-som de lesões suspeitas (BI-RADS® 4 E 5) de mama: quantos fragmentos são necessários?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Laporte, Bruno Eduardo Pereira lattes
Orientador(a): Aarestrup, Fernando Monteiro lattes
Banca de defesa: Arantes Júnior, João Carlos lattes, Castellano Filho, Didier Silveira lattes, Vitral, Geraldo Sérgio Farinazzo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5373
Resumo: A alta acurácia da core biopsy (CB) em diagnosticar câncer em lesões mamárias já é amplamente comprovada. Porém, o número necessário de fragmentos que deve ser obtido para alcançar este objetivo, em lesões BIRADS® 4 e 5, ainda não está estabelecido. Objetivo: Avaliar quantos fragmentos são necessários, em CB guiada por ultrassom (US) de lesões suspeitas de câncer BI-RADS® 4 (B4) e 5(B5), para o diagnóstico de malignidade. Método: Foram selecionadas 59 pacientes consecutivas, com 66 lesões mamárias maiores ou iguais a 1 cm, classificadas em B4 ou B5, e, posteriormente, encaminhadas ao Serviço de Mastologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora para realização de CB guiada por US. As biópsias foram realizadas por 01 operador, utilizando aparelho de ultrassom com sonda linear de 10 MHz e 01 modelo de pistola de biópsia automática, com agulhas de 14 gauge (GA) e excursão de 12 ou 22 mm. Um total de 5 disparos foram realizados em cada lesão. A cada disparo, o fragmento retirado foi colocado em um frasco exclusivo, recebendo a identificação de acordo com a ordem dos disparos e analisado histopatologicamente. Todos os fragmentos provenientes dos disparos foram incluídos no estudo, mesmo aqueles que obtiveram pouco tecido ou aqueles que não atingiram a lesão. Os resultados anatomopatológicos (AP) das CB foram classificados em benignos ou malignos. Os classificados como malignos correspondiam àqueles com diagnóstico de carcinoma in situ ou invasivo. Os demais foram classificadas como benignos. Os AP das CB foram comparados com os resultados da parafina proveniente de exérese cirúrgica ou com a estabilidade no follow up das lesões. Resultados: A média de idade das pacientes é de 52,6 (± 13,9) anos. CB com diagnóstico de malignidade foi encontrado em 59,4% e de benignidade em 40,6% das biópsias realizadas. Em relação à classificação das lesões, de acordo com o BI-RADS®, 43 (67,2%) lesões foram classificadas como B4 e 21 (32,8%) como B5. O tempo médio de follow up para as 8 pacientes que não realizaram exérese cirúrgica foi de 19,13 meses. Houve 100% de concordância entre o resultado AP do 1º fragmento com o AP da biópsia cirúrgica ou com o follow up das lesões benignas que foram acompanhadas. Conclusão: A retirada de 1 fragmento foi suficiente para o correto diagnóstico de malignidade e benignidade em CB guiadas por US de lesões classificadas como B4 ou B5 com tamanho igual ou superior a 1 cm.