Metilsulfenilação de olefinas eletrofílicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Bernardo Basbaum Portinho de Puga lattes
Orientador(a): Amarante, Giovanni Wilson lattes
Banca de defesa: Cunha, Silvio do Desterro lattes, Rosa, Fernanda Andreia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12505
Resumo: Compostos organossulfurados estão presentes em todos os organismos vivos, sendo essenciais a variados sistemas bioquímicos, onde importantes metabólitos primários, como o ácido lipóico e as coenzimas A e B, apresentam enxofre em suas estruturas moleculares. A metilsulfenilação é uma interessante maneira de acessar essa classe de compostos, visto que moléculas contendo grupos -SMe com atividade biológica são altamente desejadas. O reagente mais usual para esse tipo de reação é o metanotiol, que além de inflamável apresenta elevada toxicidade e dificuldade de manuseio. Nesse trabalho, a metodologia de metilsulfenilação anteriormente empregada pelo nosso grupo de pesquisas foi revisitada devido aos indícios experimentais de que o DMSO apresentava papel incongruente com a proposta mecanística inicial. Assim, foi desenvolvido um novo escopo, empregando acetato de sódio e sem o incremento do éster de metil-tio-metil (MTM), tendo como substratos os derivados de adutos de MBH: acil ésteres e acetatos de MBH. Os produtos metilsulfenilados foram acessados com boa tolerância de grupo e rendimentos de moderado à excelente, ratificando a necessidade de compreender o mecanismo reacional. A investigação procedeu através de diversos experimentos controle e por cálculos teóricos empregando a metodologia da teoria do funcional da densidade (do inglês, DFT). Os resultados analisados suportam fortemente a hipótese de que o éster de MTM atua como reagente de metilsulfenilação. A espécie de enxofre hipervalente e o ilídeo de sulfônio aparecem como intermediários chaves para um rearranjo do tipo Pummerer para a formação in situ do reagente. Além disso, o mecanismo da metilsulfenilação é provável de proceder por meio do ataque nucleofílico do éster de MTM, seguido de uma etapa entropicamente favorável, envolvendo o ataque de uma molécula de acetato à espécie positivamente carregada, liberando o produto. Esse trabalho foi capaz de elucidar a participação do éster de MTM na reação de metilsulfenilação. O reagente, que pode ser originado in situ ou empregado inicialmente, apresenta uma alternativa viável a utilização de metanotiol e contribui para a literatura científica envolvendo a formação de ligação C-S.