Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Melo, Denise Mendonça de
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Orientador(a): |
Barbosa, Altemir José Gonçalves
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Banca de defesa: |
Marmora, Claudia Helena Cerqueira
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Sartes, Laisa Marcorela Andreoli
,
Nascimento, Elizabeth do
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Yassuda, Monica Sanches
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4014
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Resumo: |
O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é o instrumento de rastreio do status cognitivo mais utilizado no mundo. Apesar de sua relevância, suas propriedades psicométricas não têm sido suficientemente analisadas no Brasil. O objetivo principal desta tese foi analisar as propriedades psicométricas da versão brasileira dessa medida proposta por Brucki et al (2003) com Teoria Clássica dos Testes e com Teoria de Resposta ao Item (TRI), enfatizando a escolaridade. Para tanto, foram desenvolvidos dois estudos. Antes, porém, realizou-se uma revisão sistemática das pesquisas empíricas indexadas na base de dados SciELO que utilizaram o MEEM com idosos no Brasil (N=74), que identificou 11 versões do MEEM. Mais da metade desses estudos adotou a escolaridade para estabelecer pontos de corte. Constatou-se que as propriedades psicométricas dessa medida têm sido pouco investigadas no país e, consequentemente, faltam padronização e evidências de validade. O segundo estudo teve como objetivo obter evidências de validade baseadas na estrutura interna para essa medida por meio de análise de componentes principais (ACP) e de análise fatorial confirmatória (AFC). Uma amostra de 2734 idosos participantes do estudo FIBRA Unicamp foi pesquisada. Na ACP, uma solução com cinco componentes foi a mais adequada. Quatro modelos de estrutura interna foram testados com AFC. Dois modelos com estrutura multidimensional de cinco fatores e um fator de segunda ordem apresentaram índices de ajuste satisfatórios, o que não ocorreu com o modelo unidimensional. Assim, há evidências de que se trata de uma medida multidimensional. O terceiro estudo apresentou uma análise com TRI para avaliar o funcionamento diferencial dos itens (DIF), a dificuldade e a discriminação dos itens. Constatou-se que quatro itens do sete seriado foram os mais difíceis e os itens nove, 13, 22 e 23, os mais fáceis. O nível de habilidade das pessoas foi maior do que o nível de dificuldade dos itens. Observou-se DIF para escolaridade (27 itens), sexo (18 itens) e idade (16 itens). Conclui-se que o uso do MEEM com idosos da comunidade deve ser cauteloso devido ao grande número de itens enviesados, principalmente pela escolaridade. Em suma, a versão do MEEM analisada apresentou evidências de validade baseadas na estrutura interna, e é fortemente influenciada pela escolaridade. |