Efeito de diferentes tratamentos ácidos na rugosidade superficial e na resistência de união da cerâmica de dissilicato de lítio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sudré, João Paulo da Silva lattes
Orientador(a): Assis, Neuza Maria Souza Picorelli lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2295
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes tratamentos ácidos, variação da concentração e do tempo de exposição aos ácidos, hidrofluorídrico (HF) e fosfórico (H3PO4), sobre a rugosidade superficial e resistência de união de uma cerâmica vítrea reforçada por dissilicato de lítio cimentada com um cimento resinoso autoadesivo. Cem pastilhas da cerâmica IPS e.max Press® medindo 2 x 7 mm foram divididas em dez grupos de acordo com o tratamento de superfície (n=10): G1, controle, ou seja, sem tratamento; G2, G3 e G4 condicionamento com HF 5% por 20, 40 e 60 segundos, respectivamente; G5, G6 e G7, condicionamento com HF 10% por 20, 40 e 60 segundos, respectivamente; G8, G9 e G10 condicionamento com HF a 10% por 20,40 e 60 segundos respectivamente e, posteriormente, condicionamento com ácido fosfórico 37% por 5 segundos. A análise da rugosidade superficial foi feita em microscópio ótico confocal. As pastilhas representativas de cada grupo foram selecionadas e metalizadas para análise da morfologia superficial em microscopia eletrônica de varredura e em microscópio de força atômica. Para a análise de resistência de união ao microcisalhamento, sobre as superfícies devidamente tratadas, foi aplicado o silano RelyX Ceramic Primer® e aguardou-se 1 minuto para que se realizasse a cimentação. Foram cimentados três cilindros em cada pastilha com o cimento resinoso RelyXTM U200, e fotopolimerizados por 60 segundos cada. Os corpos de prova foram armazenados em água deionizada a 37°C por 24 horas (n=30). Terminado esse tempo, os corpos de prova foram submetidos ao teste de microcisalhamento em uma máquina de ensaios universal Emic DL 2000® com velocidade de 1 mm/minuto até que ocorresse a fratura. Os valores médios de ambos os testes foram submetidos à análise estatística ANOVA dois fatores e as médias comparadas pelo teste de Tukey com 5% de significância. Todas as superfícies fraturadas foram levadas ao estereomicroscópio com aumento de 50 vezes para verificar o padrão de falha ocorrido e alguns corpos de prova após a fratura, foram aleatoriamente escolhidos para representar cada tipo de falha, foram metalizados e levados ao microscópio eletrônico de varredura para caracterização da superfície. A maior rugosidade superficial foi obtida pelo grupo G6 (2,05±0,107) sendo superior estatisticamente aos demais. Já a menor rugosidade foi obtida pelo grupo controle G1 (0,567±0,057) e inferior estatisticamente aos demais. Os grupos G7 (1,785±0,037); G3 (1,608±0,03); G10 (1,551±0,046); G9 (1,449±0,047); G5 (1,443±0,06); G4 (1,422±0,103); G8 (1,339±0,036) e G2 (1,283±0,059) apresentaram valores intermediários de rugosidade. Dentre estes grupos, o G3 (22.75±1.97MPa) foi o que apresentou a maior média de resistência da união com falhas do tipo mista. Por outro lado, o G1 (5.25±1.29MPa) apresentou o menor valor médio de resistência da união com predominância de falhas adesivas. Assim, conclui-se que a concentração do ácido e o tempo influenciaram na rugosidade superficial, sendo maior para o condicionamento com ácido HF a 10%. Para a resistência da união, o tempo de condicionamento e a interação deste com a concentração dos ácidos influenciou de forma significativa; sendo que o ácido HF de menor concentração, 5% por 40 segundos, foi o que apresentou maiores valores.