Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Andréa Gesteira
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Orientador(a): |
Pissolato, Elizabeth de Paula
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Banca de defesa: |
Pissolato, Elizabeth de Paula
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Bezerra, Cristina Simões
,
Lima, Graziele Cristina Dainese de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18294
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Resumo: |
Esta pesquisa explora os viveres de mulheres no Assentamento Denis Gonçalves, militantes do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), entrelaçando suas trajetórias de vida com os fios da resistência, da construção de subjetividades e da coletividade. Nos campos de luta e de terra, seus corpos se erguem como espaços de autonomia e (re)existência frente às múltiplas formas de opressão – coloniais, patriarcais e capitalistas – que atravessam suas jornadas. Este trabalho é um convite para adentrar o íntimo de suas histórias por tecer um diálogo entre os percursos pessoais e as lutas coletivas por justiça social, dignidade e soberania alimentar. Nas peles dessas mulheres, marcadas por processos de espoliação de corpos-territórios, brotam os protagonismos das suas próprias narrativas e agências políticas, subvertendo as formas de apagamento e invisibilização que tradicionalmente lhes foram impostas. Por meio de encontros e entrevistas em profundidade, a pesquisa revela como a luta pela terra transcende o simples acesso ao território geográfico, uma vez que se desdobra em uma luta pela vida, pela construção de novas territorialidades e pela reconfiguração das relações sociais no campo. Ao lançar luz sobre as redes de solidariedade e os projetos comunitários liderados pelas interlocutoras, o trabalho propõe uma reflexão crítica sobre a intersecção entre gênero, classe e território, e aponta para a importância de se repensar as dinâmicas de poder e produção no espaço rural brasileiro, a fim de ampliar os horizontes da compreensão sobre a luta agrária no Brasil e de destacar a centralidade dos corpos feminizados e seus saberes como sementes de transformação social, capazes de cultivar novas possibilidades de existência em espaços marcados pela desigualdade e pela exclusão. |