Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dib, Paula Ribeiro Braga
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Orientador(a): |
Macedo, Gilson Costa
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Banca de defesa: |
Franco, Danielle Cristina Zimmermann
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Pereira Júnior, Olavo dos Santos
,
Reis, Patricia Alves
,
Silva, Flavia Marcia de Castro e
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9290
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Resumo: |
O câncer é caracterizado pelo acúmulo de alterações genéticas e perda da regulação dos processos celulares normais, como a proliferação e morte celular. Além disso, a reprogramação metabólica em células tumorais contribui para o crescimento, sobrevivência, evasão do sistema imune e o recrutamento de células para o microambiente tumoral. Entre as células imunes recrutadas pelo tumor, os macrófagos estão entre os mais abundantes e influenciam a progressão tumoral e resposta antitumoral. Macrófagos pró-inflamatórios (fenótipo M1) podem auxiliar na destruição tumoral, enquanto macrófagos anti-inflamatórios (perfil M2) contribuem para a imunossupressão e a progressão tumoral. Em macrófagos as alterações no metabolismo celular estão relacionadas à proliferação, sobrevivência e aos diferentes fenótipos funcionais. Nesse contexto, Smilax spp. são utilizadas como plantas medicinais e já foram associadas as atividades imunomoduladoras e antitumorais. Assim, o presente trabalho teve por objetivo investigar os efeitos do extrato metanólico de Smilax officinalis (SMEx) sobre a viabilidade e proliferação de carcinoma mamário e macrófagos murinos, bem como na função mitocondrial e respostas efetoras de macrófagos. Inicialmente, avaliamos a influência do SMEx sobre a viabilidade e proliferação de células 4T1 (carcinoma mamário murino) e macrófagos J774A.1 através do ensaio de MTT, exclusão de azul de tripan e contagem de células viáveis. Nossos resultados demonstram que o SMEx teve efeitos citotóxicos em células 4T1 em menores concentrações comparado a macrófagos. Os efeitos do SMEx sobre a viabilidade celular também foram avaliados por determinação de LDH extracelular e marcação com iodeto de propídeo (citometria de fluxo). O tratamento com SMEx induziu vias de morte com rupturas da membrana plasmática em células 4T1. Enquanto em macrófagos a indução de morte pelo SMEx foi observado apenas em 50 μg/mL, uma dose maior que as tóxicas para células 4T1. Uma vez que em macrófagos o SMEx nas menores doses reduziu o metabolismo do MTT sem interferir na viabilidade e proliferação, nós avaliamos a atividade mitocondrial dessas células. De acordo com os dados, o SMEx foi capaz de alterar a função mitocondrial e pode-se sugerir que o mesmo induza a reprogramação metabólica. Dessa forma, investigamos os efeitos do SMEx, nas concentrações não tóxicas, em macrófagos estimulados com IL-4 (fenótipo M2 dependente do metabolismo oxidativo), bem como em macrófagos estimulados com LPS (perfil M1 que possuem metabolismo predominantemente glicolítico). Os nossos resultados sugerem que o SMEx reduza os níveis de citocinas anti-inflamatórias e recupere parcialmente a secreção de IL-12 em macrófagos M2. Em macrófagos M1 o SMEx não alterou a produção de mediadores pró-inflamatórios e reduziu a secreção de citocinas anti-inflamatórias. Em conjunto, os efeitos tóxicos do SMEx em células tumorais associados a sua capacidade de modular a resposta de macrófagos sugerem que o SMEx possa contribuir para o controle do crescimento de células tumorais e estimular os macrófagos para um perfil antitumoral. Conforme os nossos resultados, o SMEx representa um alvo promissor para novos estudos direcionados a estratégias imunoterapêuticas para o câncer de mama. |