Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Avelino, Natália Resende
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Orientador(a): |
Chaoubah, Alfredo
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Banca de defesa: |
Colares, Vinicius Sardão
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Ribeiro, Luiz Cláudio
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8622
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As fraturas do quadril em idosos estão relacionadas a elevados índices de morbidade e mortalidade que, acrescidos à necessidade de hospitalização, tratamento cirúrgico e cuidados intensos no pós-operatório, requerem despesas expressivas para os diversos sistemas de saúde. A implantação de unidades multidisciplinares tem o objetivo de fornecer cuidados contínuos para prevenir complicações intra-hospitalares e melhorar a recuperação funcional desses pacientes. OBJETIVO: Avaliar o custo-efetividade, com perspectiva do prestador de saúde, considerando os custos diretos médicos, da internação de idosos com fratura do quadril antes e após a implantação da Unidade de Prática Integrada (UPI) no serviço de Ortopedia do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora/MG. Os desfechos foram as razões de custo/efetividade para o tempo de internação e mortalidade entre os pacientes com 60 anos ou mais de idade com fratura de quadril. MÉTODOS: Estudo observacional do tipo coorte não-concorrente, com coleta de dados retrospectiva de caráter quantitativo. Foram incluídos 272 prontuários de idosos com diagnóstico de fratura do colo do fêmur e fratura pertrocantérica internados no período de janeiro/2010 a dezembro/2016, com exceção do ano de 2012, quando se deu a implantação da UPI. A amostra foi dividida em dois grupos, um grupo submetido ao tratamento usual (n=53) e outro grupo de pacientes assistidos pela equipe multidisciplinar (n=219). Os dados foram representados por média e desvio padrão ou frequência relativa e absoluta. Para avaliação de fatores associados à variação dos custos e da efetividade foram utilizados o teste t-student e teste qui-quadrado, com nível de significância de 0,05. Para a análise de custo-efetividade da implantação da UPI de ortopedia foi utilizado o modelo estatístico do tipo Árvore de Decisão. A comparação entre as duas alternativas foi medida pela Razão de Custo-Efetividade Incremental (RCEI). RESULTADOS: A idade média foi de 78,51 anos (DP: 8,68) no grupo anterior à introdução da unidade multidisciplinar e 79,83 anos (DP: 9,39) nos pacientes operados após a inserção da UPI, com prevalência do sexo feminino nos dois grupos. Após introdução da UPI, o tempo entre o trauma e a cirurgia diminuiu de 4,21 dias (DP: 2,94) para 2,47 dias (DP: 2,48) (p<0,001), o tempo de permanência de 8,78 dias (DP: 5,08) para 6,58 dias (DP: 7,35) (p = 0,041) e a taxa de mortalidade de 22,6% para 8,2% (p < 0,001). O tratamento dos pacientes antes da implantação da UPI custou, em média, R$ 7.378,58 e o do grupo assistido pela equipe multidisciplinar ficou em R$ 7.172,20 em média (p= 0,838). A introdução da unidade multidisciplinar se mostrou dominante, não sendo necessário o cálculo da Razão de Custo-Efetividade Incremental (RCEI). CONCLUSÃO: A introdução da UPI no setor de Ortopedia do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora/MG para o tratamento de idosos com fratura de fêmur se mostrou custo-efeitva, uma vez que esta intervenção resultou em menor tempo de internação hospitalar, menor mortalidade intra-hospitalar e custos mais baixos. |