Fatores associados ao tempo de internação em idosos abordados cirurgicamente após fratura proximal de fêmur.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1643 |
Resumo: | Objetivo: Investigar os fatores associados ao tempo de internação em idosos abordados cirurgicamente após fratura proximal de fêmur. Métodos: Estudo transversal com pacientes idosos internados para tratamento cirúrgico de fratura proximal de fêmur em dois hospitais públicos de Uberaba-MG foi realizado durante os meses de maio a dezembro de 2022. Foram incluídos idosos com 60 anos ou mais que concordaram em participar da pesquisa. As variáveis analisadas foram o tempo de internação hospitalar, aspectos pessoais – sociodemográficos, aspectos pessoais clínicos – funcionais e aspectos contextuais relacionados à assistência e cuidado. Foram realizadas análises descritivas para todas as variáveis do estudo e utilizados testes não paramétricos. As comparações de medianas foram realizadas pelo teste Mann-Whitney, de proporções pelo teste qui-quadrado de Pearson e correlações pelo teste de Spearman. A significância adotada foi de 5%, sendo o intervalo de confiança de 95%. Os modelos multivariados foram testados por meio da regressão linear múltipla. Resultados: Participaram 44 idosos, que se caracterizaram-se por ser maioria do sexo feminino (59,1%), com baixa escolaridade (média 3,95 anos) e renda parcialmente suficiente (47,7%). A maioria dos participantes não apresentava problemas de mobilidade antes da fratura e hospitalização (70,5%), entretanto, uma parte considerável já havia sofrido duas quedas ou mais (41,9%). A média de tempo de internação foi de 11,38 (± 4,13) dias, variando de 7 a 38 dias. A principal causa da fratura foi a queda da própria altura (90,9%), sendo mais frequente na região transtrocantérica do fêmur proximal (59,1%) e submetida à estabilização (65,1%). Nas análises multivariadas foram observadas associações entre tempo de internação e prática de atividade física antes da fratura e mobilidade prévia, de modo que aqueles que eram mais ativos apresentaram tempo de internação menor. Conclusão: Independentemente de ter a mobilidade preservada antes da fratura, os idosos apresentaram quedas prévias, o que representa um problema de saúde pública. Faz-se necessária a criação de programas voltados à prevenção de quedas, com foco em melhora do condicionamento e desempenho físico dos idosos, monitoramento dos idosos que sofrem quedas e tratamento da osteoporose, o, garantindo assim melhor qualidade de vida ao idoso. O tempo de internação foi influenciada pelo tempo de espera para o procedimento cirúrgico e a necessidade de admissão na UTI pela maioria dos idosos, aumentando assim a permanência hospitalar, assim como pelo nível de atividade física e mobilidade previa a fratura, idosos fisicamente ativos e com mobilidade preservada apresentaram menor tempo de internação. Ademais, percebe-se a necessidade da criação pelas redes hospitalares de maneiras de reduzir os atrasos nas cirurgias, criando protocolos, em que o idoso seja atendido dentro das primeiras 48h de admissão, reduzindo assim os riscos da hospitalização, o tempo de internação e os gastos do sistema de saúde. |