A loucura como forma de pensar a realidade feminina: a obra de Maura Lopes Cançado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Luana Arruda lattes
Orientador(a): Nogueira, Nícea Helena de Almeida lattes
Banca de defesa: Mendes, Moema Brandão Rodrigues lattes, Fois-Braga, Humberto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00448
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13463
Resumo: Esta pesquisa analisa a escrita da autora brasileira Maura Lopes Cançado, nascida em São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais, em 27 de janeiro de 1929. Seu livro, Hospício é Deus, foi produzido entre os anos de 1959 e 1960, quando a autora esteve internada em um hospital psiquiátrico no bairro do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. A partir desse contexto, e levando em consideração a problemática existencial da loucura, nosso trabalho enfoca, desse modo, a escrita de si e a experiência da loucura expressa no diário intitulado Hospício é Deus, lançado em livro em 1965. Interessa-nos, em particular, a representação da loucura no diário a fim de investigar como a alteração de estados mentais pode ser apresentada na escrita, como ela se relaciona à concepção de memória, diário, autobiografia e ficção sobre o eu, como se constrói enquanto rompimento entre espaço público e privado, e, como ocupa função importante para a construção e afirmação de identidade. Assim, após a apreciação dos temas propostos, buscamos analisar o diário da autora como uma escrita etnográfica, embasando-nos nos estudos da antropologia pós-moderna no século XX.