Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Batista, Daniele Aparecida [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/94082
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Resumo: |
A palavra do louco, que por muito tempo fora renegada à marginalidade e ao silêncio, passa a ser agora, com o estudo da obra Hospício é Deus, evidenciada. A partir do título, o leitor já infere toda a dramática experiência vivida por uma mulher, a personagem narradora Maura, e por outras que povoavam o cenário social da década de 60. Na construção de seu diário, a escritora mineira Maura Lopes Cançado utiliza-se da memória para recriar o passado e para buscar elementos que justifiquem os desatinos vividos. Deste modo, pode-se conceber a obra como uma criação literária cuja verdade, aos poucos, turva-se com a construção artística que transforma tudo em ficção. Na obra Hospício é Deus, falar em recriação faz com que tenhamos que nos remeter à sua biografia, pano de fundo de sua obra, marcada, sobretudo pelo caos da rebeldia, da intolerância e da loucura. Como seria abordar sua própria vida em matéria literária? Esse é o assunto que abordamos no primeiro capítulo deste trabalho, que procura compilar os principais dados biográficos da autora, bem como de sua produção, como meio de resgatá-la do esquecimento e inseri-la no panorama literário brasileiro. Maura empenhou-se na tarefa de retratar a loucura, investigando indistintamente o caráter benévolo e malévolo que inspira os atos humanos. De fato, a obra abre uma grande polêmica pela forma radical com que retrata as atrocidades e descasos vivenciados pelas pacientes do hospício. Imbuída dessa consciência crítica de oposição aos valores vigentes no Brasil da década de 60, a narradora faz sua denúncia social e critica sobretudo a pecha que lhe imputavam de ser mulher e louca. Hospício é Deus atrai a atenção pelos recursos estilísticos utilizados por Maura para a criação da obra... |