Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Juliana Simili de
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Orientador(a): |
Rego, Andréa Queiroz da Silva Fonseca
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Banca de defesa: |
Duarte, Cristiane Rose de Siqueira
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Tângari, Vera Regina
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Vasconcellos, Virginia Maria Nogueira de
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Sá, Nídia Regina Limeira de
,
Figueiredo, Noêmia de Oliveira
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio De Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
-
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Departamento: |
-
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7021
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Resumo: |
Esta Tese trata do tema da surdez sob o viés socioantropológico e tem como objetivo geral compreender quem é o sujeito surdo e como este se relaciona com o espaço, principalmente no que se refere às sonoridades urbanas: como as pessoas surdas sentem, percebem, interpretam e representam os sons que os rodeiam. A partir do pressuposto de que o espaço arquitetônico e o espaço urbano são espaços sensíveis, podendo ser percebidos, interpretados e representados culturalmente, tem-se como hipótese deste trabalho a convicção de que pessoa surda é capaz de vivenciar e organizar os sons existentes no espaço, gerando uma construção sensível e cultural da paisagem sonora. Desta forma, esta Tese constitui-se como sendo uma Pesquisa Exploratória, com abordagem interdisciplinar e qualitativa. A metodologia geral da pesquisa foi organizada em duas partes: estruturação de aporte teórico e desenvolvimento de Estudo de Caso. O estudo de caso foi desenvolvido a partir de entrevistas semiestruturadas e de Passeios Sonoros Comentados com surdos congênitos e pré-linguísticos. Através da análise dos resultados foi possível constatar que os sons são interpretados e representados por meio de leituras auditivas, cinestésicas, visuais, mas sempre culturais. Grande parte das representações das paisagens sonoras urbanas são compartilhadas pelos surdos, os quais “constroem” eventos sonoros a partir “sensações sonoras”, ou seja, percepções do corpo, mas também da mente. Assim, por meio dos resultados do estudo de caso e do aporte teórico, foi possível concluir que existe um compartilhamento das representações sonoras vivenciadas pelos surdos em seu cotidiano, a partir de uma construção sensível e cultural de uma Paisagem Sonora além da Audição. |