O doce amargo sabor do envelhecimento: experiências corporais, geracionais e de gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Soares, João Paulo Fernandes lattes
Orientador(a): Mourão, Ludmila Nunes lattes
Banca de defesa: Ferrari, Anderson lattes, Alves Júnior, Edmundo de Drummond lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação Física
Departamento: Faculdade de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/749
Resumo: Esta pesquisa buscou identificar e compreender as motivações para a permanência de um grupo de idosos que participam do Projeto Vida Ativa (PVA) de atividade física e as consequências dessa decisão nas relações sociais desses sujeitos. Além desse objetivo, buscou-se compreender como é possível, através das vivências corporais, refletir sobre gênero, feminilidades e empoderamento feminino na velhice. Nesse sentido, fez-se necessário expor as experiências geracionais e os modos de subjetivação vivenciados no PVA. Esta pesquisa qualitativa se caracteriza como um estudo antropológico de cunho etnográfico, que teve como marco teórico os referenciais dos estudos em antropologia social e urbana. As técnicas foram a observação sistemática das aulas e eventos do PVA e entrevistas realizadas com um grupo de oito sujeitos, sendo cinco alunas e um aluno do PVA, além da professora e da estagiária do projeto. A pesquisa de campo ocorreu no município de Ubá/MG, durante nove meses, no período de março a novembro de 2013. As motivações das idosas e do idoso para a continuidade no PVA passam pela reconstrução dos projetos individuais e da construção de um projeto coletivo na velhice. Os laços de sociabilidade e reciprocidade são marcantes nas relações estabelecidas. As experiências geracionais vivenciadas expõem conflitos geracionais e apropriações simbólicas mútuas das unidades geracionais presentes no PVA. As experiências de gênero deixam claro que o PVA é um espaço predominantemente feminino e que o grupo de interlocutoras demostra construírem diversas estratégias para que esse espaço permaneça dessa forma. A presença dessas mulheres nesse espaço é constantemente negociada com seus grupos familiares, que assumem valor simbólico central nas construções identitárias dessas idosas. Assim, a polissemia dos modos de subjetivação presentes no PVA aponta para a multiplicidade e heterogeneidade das experiências dos sujeitos na velhice.