Paulo Rónai e o Mar de histórias: a prática crítico-literária de um intelectual húngaro no exílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Villela, Adauto Lúcio Caetano lattes
Orientador(a): Oliveira, Maria Clara Castellões de lattes
Banca de defesa: Esteves, Lenita Maria Rimoli lattes, Rocha, Enilce do Carmo Albergaria lattes, Sérgio Ferreira, Rogério de Souza lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1657
Resumo: A presente tese investiga a prática crítico-tradutória de Paulo Rónai, tal como concretizada em Mar de histórias: antologia do conto mundial. Para tanto, traça um histórico da trajetória desse intelectual, exilado no Brasil em 1941, desde as origens, na Hungria, até a finalização da antologia em 1987, organizada em parceria com Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Nesse percurso, vale-se de conceitos e reflexões extraídos dos Estudos Literários, Estudos Culturais e Estudos da Tradução, com destaque para as considerações sobre o estrangeiro, o exílio, a hospitalidade, e a Bildung, desenvolvidas respectivamente por Tzvetan Todorov, Paul Tabori, Jacques Derrida e Antoine Berman, entre outros. Busca, igualmente, situar Rónai no atual debate em torno da questão da ética na tradução, revelando pontos convergentes entre seu pensamento tradutório e as principais proposições teóricas de Berman e Lawrence Venuti sobre o tema, bem como apresentando pontos de aproximação e de afastamento da prática tradutória de alguns contos de Mar de histórias e aquela de escritores-tradutores brasileiros estudados previamente no âmbito do projeto Tradução Literária: Jogos de Poder entre Culturas Assimétricas, desenvolvido no PPG-Letras: Estudos Literários da UFJF. Por fim, desenvolve conceitualmente a ideia de fidelidade estilística, defendida por Rónai, demonstrando sua aplicação por meio de análises contrastivas, determinando sua relevância para uma prática tradutória pautada pela ética da diferença.