Fósforo branco nos céus de Gaza: interdito e manipulação na cobertura jornalística do massacre de palestinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Carvalho, Sílvio Augusto de lattes
Orientador(a): Gaio, André Moysés lattes
Banca de defesa: Fraga, Paulo César Pontes lattes, Leal, Paulo Roberto Figueira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
War
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2551
Resumo: O objetivo desta dissertação é o de analisar o modo como os meios de comunicação de massa, especificamente o New York Times (NYT) e o Wall Street Journal (WSJ), construíram suas representações sobre a invasão israelense da Faixa de Gaza entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Pretendemos mostrar como os jornais, na sua versão on-line, não são apenas espaços sociais de conflito, mas armas de legitimação de guerras e invasões, na medida em que tendem a construir visões de mundo legitimadoras da ordem vigente. Neste sentido, tais visões são perpassadas pela redução da figura do oponente cujo valor é, por isso, nivelado a seu âmbito biológico. O outro passa a ser visto em termos biopolíticos, isto é, raciais, o que possibilita manobras e controles sobre sua imagem e, portanto, sobre as estratégias bélicas. Ao contribuir para consolidar e naturalizar a visão de mundo dos dominantes, os meios de comunicação de massa atuam sobre a dissolução da Memória Política, determinando os limites do pensamento dentro dos quais o último conflito se deu. A questão da independência da Palestina estaria – dentro de nossa hipótese -, portanto, atrelada à agenda sionista, movimento que se consolidou na busca de uma sociedade judaica racialmente pura. Para isto, usamos conceitos de Michel Foucault, Pierre Bourdieu e Immanuel Wallerstein, na medida em que a microfísica do poder não pode ser vista fora do sistema capitalista moderno, calcado em uma hierarquia de países no plano internacional.