Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Diana de Medeiros
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Orientador(a): |
Martinez, Daniel Godoy
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Banca de defesa: |
Monteiro, Walace David
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Silva, Lilian Pinto da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2580
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Pessoas com maiores sintomas de ansiedade podem apresentar maiores níveis de pressão arterial. A presença de ansiedade está associada com as doenças cardiovasculares. Embora o exercício físico seja cada vez mais usado como ferramenta não farmacológica para o tratamento das doenças cardiovasculares, os possíveis mecanismos relacionados às respostas hemodinâmicas durante o exercício físico de pessoas com sintomas elevados de ansiedade ainda não está esclarecido. Portanto, nós testamos a hipótese de que pessoas com maiores níveis de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial e maior resposta pressórica durante exercício físico. MÉTODOS: Foram incluídos 43 voluntários, sendo 12 voluntários com sintomas de ansiedade maior que o mínimo e 31 voluntários com ansiedade mínima (Questionário de Beck). Foi realizado exercício físico de preensão manual a 30% da contração voluntária máxima seguida de isquemia pós-exercício para avaliação do metaborreflexo. As pressões arteriais (Dixtal®), frequência cardíaca (ECGDixtal®) e fluxo sanguíneo do antebraço (Pletismógrafo Hokanson®) foram medidos simultaneamente durante todo protocolo experimental. A resistência vascular periférica foi calculada pela divisão da pressão arterial média pelo fluxo sanguíneo muscular do antebraço e reportada em unidades. RESULTADOS: A pressão arterial sistólica, diastólica e média em repouso foram significativamente maiores no grupo com ansiedade maior que a mínima em comparação ao grupo com ansiedade mínima (130 ± 11 vs. 122 ±12 mmHg, p≤0,05; 70 ± 6 vs. 64 ± 8 mmHg, p≤0,05; 90 ± 7 vs. 84 ± 8 mmHg, p≤0,05, respectivamente). Além disso, o grupo com ansiedade maior que a mínima apresentou maior resposta de pressão arterial sistólica, diastólica, média e resistência vascular periférica durante o exercício físico em comparação ao grupo de ansiedade mínima, (20 ± 9 vs. 13 ±7 mmHg, p≤0,05; 17 ± 8 vs. 11 ± 6 mmHg, p≤0,05; 18 ± 8 vs. 11 ± 6 mmHg, p≤0,05; 0 ± 13 vs. -7 ± 9 unidades, respectivamente). Durante a manobra simpato excitatória de isquemia pós exercício físico para avaliação metoborreflexa, o grupo com ansiedade maior que a mínima apresentou resposta de pressão arterial diastólica, média e resistência vascular periférica significativamente maiores que a do grupo com ansiedade mínima (11 ± 12 vs. 3 ± 4 mmHg, p≤0,05; 10 ± 8 vs. 3 ± 5 mmHg, p≤0,05; 9 ± 11 vs. -2 ± 8 unidades, respectivamente).CONCLUSÃO: Pessoas com elevados sintomas de ansiedade apresentam maiores níveis de pressão arterial e maior resposta pressórica durante o exercício físico quando comparados àqueles com sintomas mínimos de ansiedade. Em parte, essa maior resposta pode ser explicada pela maior resistência vascular periférica durante exercício físico apresentada por essas pessoas. Além disso, pessoas com sintomas de ansiedade maior que o mínimo apresentam reposta metaborreflexa exacerbada. |