Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Alexandra Cristina Bento
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Orientador(a): |
Mathias, Érika Kelmer
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Banca de defesa: |
Silva, Maria Andréia de Paula
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Mendes, Marco Aurélio de Sousa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras)
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6007
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Resumo: |
Este trabalho, que se situa na área de Ensino de Literatura, tem o objetivo refletir sobre como alunos do 9o ano do Ensino Fundamental II entendem a atualidade das temáticas dos contos maravilhosos no seu cotidiano. Para isso, analisa duas questões: 1) se os alunos correlacionam as temáticas centrais dessas narrativas aos arquétipos que as perpassam e 2) caso não, depois de entenderem essa relação, se o modo de relacionar-se com esse tipo de narrativa altera-se na concepção do aluno, como, por exemplo, deixar de concebê-las como restritas ao universo infantil. Escolhemos trabalhar com o conto Chapezinho Vermelho, a fim de elucidar três dos arquétipos que o perpassam: o medo do desconhecido, o perigo e a transcendência (que às vezes aparece na ideia de salvação). Justifica-se a escolha desse conto pelo fato de esses três arquétipos estarem muito presentes na etapa da vida dos jovens entre 14 e 15 anos, período de transição e de profundas mudanças. O trabalho centra-se na leitura de seis versões do conto: uma infantilizada; duas canônicas (Perrault e Grimms); uma adaptação fílmica (A garota da capa vermelha), uma cômica que dialoga com quadrinhos; e uma de caráter regional, cuja história se passa em Minas Gerais, estado dos alunos com os quais trabalhamos. Como nos pautamos na metodologia da pesquisa-ação, estabelecemos como estratégias de ação três etapas: na primeira, de caráter motivacional, apresentamos uma sequência de atividades em sala, com o objetivo de focalizar os elementos arquetípicos do conto e estabelecer um paralelo destes com a realidade vivenciada pelos alunos; na segunda, apresentamos estratégias de mediação de leitura para cada versão selecionada, com o objetivo de sistematizar a estrutura desse tipo de narrativa e de permitir aos alunos compreender a noção de versões de uma mesma narrativa; na terceira, apresentamos estratégias para a escrita compartilhada, orientando a produção pelos alunos de uma versão atual de Chapeuzinho Vermelho, com o objetivo de averiguar não somente se o modo de lidar com esse tipo de conto foi alterado, como também se (e como) eles foram capazes, após passarem pelo processo interventivo, de se apropriar do repertório recém adquirido e de relacioná-lo com sua própria realidade. Apoiamo-nos, para tal, nas seguintes teorias: de Letramento (SOARES), particularmente do Letramento Literário (PAULINO e COSSON); do Efeito Estético (ISER) e de concepção sistêmica da literatura, particularmente de polissistema literário (ZOHAR). Também nos apoiamos em estudos desse tipo de estrutura narrativa (COELHO; PROPP) e no conceito de mediação (PETIT). |