Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barreiros, Isabela Pasqualini
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Orientador(a): |
Silva, Anderson Pires da
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Banca de defesa: |
Magaldi, Carolina Alves
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Izabel, Tomaz Amorim Fernandes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16599
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Resumo: |
A partir da publicação de 2019 de A Metamorfose, de Franz Kafka, ilustrada por Lourenço Mutarelli, tem-se início a presente dissertação. Embora seja de alcance mundial o despertar de sonhos intranquilos de Gregor Samsa metamorfoseado em inseto monstruoso, as ilustrações de Lourenço Mutarelli presenteiam a novela de Kafka oferecendo um recorte não incluído do autor de Praga, o processo de metamorfose do protagonista. Para tanto, são analisados a intenção do ilustrador Lourenço Mutarelli, abarcando os sentimentos e as emoções através da linguagem corporal das imagens; o intuito da editora, dispondo as ilustrações do que seria um prefácio, ao longo das páginas do livro; e, por fim, a relação dessas representações visuais e a novela A Metamorfose, traçando e trançando os problemas enfrentados pelo protagonista Gregor Samsa e sua transformação. Em vista disso, nosso principal objetivo é analisar a relação texto- imagem desta edição, buscando possíveis influências na interpretação e na perspectiva do texto que podem gerar novas relevâncias para a leitura deste clássico, principalmente a partir da ideia de suplementação de Jacques Derrida, as leituras sobre Kafka e seus textos por Mairowitz e Crumb (2006) e por Malcolm Bradbury (1989), o auxílio de Pisani (2012) quanto aos traços e poética de Lourenço Mutarelli, as análises de Deleuze e Guattari (2017) em relação às obras kafkianas, o absurdo de Camus (2008), o âmbito semiótico de Santaella (2012) e os paratextos textuais de Genette (2012). Concluímos, assim, que há autonomia das ilustrações ao pensarmos que elas não complementam A Metamorfose, e sim são uma leitura gráfica de Mutarelli sobre o processo de transformação de Gregor Samsa, gerando uma narrativa gráfica, até então, inédita. A obra de Kafka, decerto, é plena, porém, as ilustrações de Mutarelli criaram vínculo intrínseco com a narrativa textual, a suplementação de A Metamorfose (2019). |