A metamorfose de Carone: sobre a recepção de Franz Kafka no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BANDIM, Igor Andreas Rodrigues
Orientador(a): FERREIRA, Ermelinda Maria Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11454
Resumo: Modesto Carone ocupa um lugar estratégico na recepção brasileira da obra de Franz Kafka. Autor de obras ficcionais, de traduções do alemão reconhecidas e premiadas, e de um sólido discurso crítico interpretativo, seu nome se estabeleceu como referência nacional em literatura kafkiana. Esse contexto rendeu à sua tradução certa prominência sobre as demais, terminando por promover um Kafka em boa medida “caroniano” no Brasil – o que pode ser observado, por exemplo, na aprovação de seus textos pela academia e na incorporação de traduções suas em políticas oficiais de incentivo à leitura. Inspirados nas noções de recepção crítica, produtiva e reprodutiva (que diz respeito às traduções), e constatando a presença dos três planos de recepção no projeto intelectual de Modesto Carone, nosso objetivo é estudar as condições de assimilação e produção de Kafka no Brasil através de sua obra, com ênfase nas traduções, de duas formas básicas: através da elucidação de seu discurso tradutório, a partir de ensaios, palestras, posfácios e paratextos de edições; e da comparação com outras duas traduções da novela realizadas do alemão, as de Marcelo Backes e Celso Donizete Cruz. Assim, contextualizaremos a tradução caroniana com base em conceitos da Estética da Recepção (Jauss e Iser), da teoria dos polissistemas (Even-Zohar e Toury) e das refrações (Lefevere), além da noção de tradução minorizante (Venuti). Caracterizando o Kafka projetado nas traduções de Modesto Carone, esperamos estimular um olhar crítico e sensível à presença do escritor sorocabano no texto final disponibilizado ao público leitor.