Estrutura, diversidade e regeneração arbórea de uma floresta atlântica secundária submetida à supressão do sub-bosque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Moreira, Breno lattes
Orientador(a): Carvalho, Fabrício Alvim lattes
Banca de defesa: Rabelo, Guilherme Rodrigues lattes, Pimenta, Daniel Sales lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/707
Resumo: Este estudo teve como objetivo analisar e descrever a composição, riqueza e diversidade de espécies do componente arbustivo-arbóreo nos diferentes estratos florestais de um trecho de floresta estacional semidecidual pertencente ao Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, município de Juiz de Fora, MG, Brasil. A área total do trecho florestal que sofreu bosqueamento pretérito (~3 ha), foi delimitada como universo amostral. Foram alocadas aleatoriamente 25 parcelas de 20 x 20 m para a análise do estrato arbóreo, totalizando uma amostra de 1,0 ha e suas respectivas subparcelas de 5 x 5 m para a análise do estrato regenerante. No componente arbóreo foram amostrados 651 ind.ha-1, distribuídos em 53 espécies, pertencentes a 31 famílias botânicas, com predominância de Fabaceae (08 espécies) e Myrtaceae (04). Observou-se uma comunidade com forte dominância específica, com grande concentração dos Valores de Importância (VI) nas três primeiras espécies (Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr, Piptocarpha macropoda (DC.) Baker e Xylopia sericea A.St.Hil) que juntas somaram 43,74% do VI total. No estrato regenerante foram amostrados 901 indivíduos (equivalente a 14.416 ind.ha-1), distribuídos em 29 famílias e 62 espécies. Dentre as famílias de maior riqueza estão Fabaceae (07 espécies), Sapindaceae (05) e Asteraceae (05). As espécies que mais se destacaram segundo o VI foram Piptocarpha macropoda (DC.) Baker (35,61%) e Anadenanthera colubrina (Vell). Brenan (6,87%). Como reflexo da forte dominância ecológica, o valor do índice de diversidade de espécies de Shannon (H’ = 2,92 nats.ind-1 para o estrato adulto e H’ = 2,72 nats.ind-1 para o estrato regenerante) foi baixo em comparação com florestas secundárias de mesma fitofisionomia na região. A análise de distribuição diamétrica revelou nítida divisão da floresta em dois estratos: o estrato superior, formado por árvores de grande porte, com dossel amplo e um estrato inferior, formado pelos indivíduos regenerantes, com árvores de pequeno porte, em plena competição para se consolidar no ambiente. A análise de grupos ecológicos demonstrou predominância de espécies pertencentes a estágios sucessionais iniciais (pioneiras e secundárias iniciais) com a maioria das espécies apresentando dispersão do tipo zoocórica. Na Análise de Correspondência Canônica (CCA) foi possível detectar quatro blocos de espécies, demonstrando que as relações entre espécies e ambiente são sensíveis às variáveis ambientais de uma forma interativa e não isolada.