Ambiente alimentar em Juiz de Fora: um enfoque no território das escolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Leite, Maria Alvim lattes
Orientador(a): Mendes, Larissa Loures lattes
Banca de defesa: Costa, Bruna Vieira de Lima lattes, Alberto, Klaus Chaves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4470
Resumo: Discussões recentes sobre a epidemia da obesidade têm considerado o papel do ambiente no aumento do consumo de alimentos não saudáveis e na diminuição dos gastos energéticos. A distribuição espacial dos estabelecimentos de venda de alimentos e fatores socioeconômicos ambientais influenciam no ganho de peso. A disposição dos comércios de alimentos ao redor das escolas influencia no ganho de peso de crianças e adolescentes. O estudo teve como objetivo examinar espacialmente o ambiente alimentar e as características socioeconômicas nas Regiões Urbanas (RU) e no entorno das escolas de Juiz de Fora, Minas Gerais. Foi feito um estudo ecológico que investigou o ambiente alimentar do município, considerando regiões de diferentes níveis de privação social. Mapas temáticos e clusters de bairros foram desenvolvidos. Foram estudados buffers de 500 m ao redor das escolas e uma auditoria em supermercados foi realizada. As funções K uni e bivariada foram utilizadas para testar a significância das aglomerações de estabelecimentos. Em relação à privação social, 25 bairros (30,86%) apresentaram alta ou muito alta vulnerabilidade. Estabelecimentos alimentares não saudáveis apresentaram maiores frequências (52,73%) em relação às demais categorias. O centro do município apresentou maiores aglomerações de estabelecimentos. Regiões de maior vulnerabilidade se assemelharam a desertos alimentares. Notou-se maior estímulo à compra e ao consumo de alimentos saudáveis por supermercados localizados em regiões de menor privação social. Buffers ao redor das escolas revelaram padrão de baixas densidades de todos estabelecimentos em regiões de maior vulnerabilidade. Maiores densidades de estabelecimentos não saudáveis em relação aos demais foram encontradas ao redor de todas as escolas. A função K bivariada demonstrou o potencial das escolas em atraírem a instalação de comércios de alimentos. A baixa qualidade do ambiente alimentar ao redor das escolas indica uma urgência de regulamentação. Iniquidades ambientais reforçam a necessidade da implantação de políticas que promovam um ambiente alimentar saudável por todo o espaço urbano das cidades.