Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Bhona, Fernanda Monteiro de Castro
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Orientador(a): |
Lourenço, Lélio Moura
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Banca de defesa: |
Sartes, Laisa Marcorela Andreoli
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Ferreira, Maria Elisa Caputo
,
Teodoro, Maycoln Leoni Martins
,
Carvalho, João Eduardo Coin de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4018
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Resumo: |
A recorrência do comportamento violento é aspecto importante para a adequada caracterização da violência entre parceiros íntimos, especialmente na identificação de dos maiores impactos para a saúde. Foi realizada investigação longitudinal, num intervalo de 5 anos, com amostra domiciliar de mulheres envolvidas em violência física com o parceiro. Buscou-se mensurar a frequência desses comportamentos, comparando-os com os níveis de violência identificados em estudo anterior, e também comparar os indicadores de saúde das participantes nas duas coletas. Os níveis de violência foram obtidos através das escalas: Revised Conflict Tactics Scales, e Parent-Child Conflict Tactics Scales. Noventa e oito mulheres participaram das duas coletas de dados. Elas tinham em média 45 anos, e seus parceiros, cerca de 3 anos de idade a mais. A duração média dos relacionamentos foi de 21 anos, com predomínio das uniões formais (69,4% eram casadas). A maioria branca (61,4%) e exercendo atividade profissional (64%). Aproximadamente 54% delas residiam no bairro de menor poder aquisitivo. Nos 3 meses que antecederam as coletas de dados, o número médio de comportamentos agressivos adotados pelas mulheres contra seus parceiros foi de 5,5 na primeira coleta, e de 1,1 na segunda coleta. Já os escores médios de violência sofrida pelas participantes foi de 3,5 na primeira coleta e 1,4 na segunda coleta. Foi constatada diminuição estatisticamente significativa (p<0,05) nesses escores de violência física praticada e sofrida pela mulher, mas não nos escores de violência contra filhos. Escores relacionados à saúde da mulher (consumo de álcool, sintomas depressivos, escores de injúria) não apresentaram alterações estatisticamente significativas nas duas medições. As prevalências de sintomas de depressão na amostra foram 41,5%, e de 8,5% de consumo de álcool de risco na segunda coleta. Regressões bivariadas indicaram relação entre violência praticada pela mulher contra o parceiro e contra os filhos, indicando que as participantes que se tornam mais agressivas com os companheiros, tendem a também serem mais agressivas com os filhos. |