Para além da dogmática: a imaginação narrativa no ensino jurídico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guedes, Carlos Eduardo Paletta lattes
Orientador(a): Feres, Marcos Vinício Chein lattes
Banca de defesa: Rosa, Waleska Marcy lattes, Siqueira, Gustavo Silveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Direito e Inovação
Departamento: Faculdade de Direito
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4812
Resumo: A presente pesquisa parte de uma análise crítica da educação jurídica brasileira, primordialmente voltada para a linguagem oficial do Estado, pouco reflexiva, enciclopédica e afastada de qualquer imaginação ou empatia. Nesse contexto, iniciativas inovadoras que quebrem esse paradigma merecem ser pesquisadas, tal como a disciplina Instituições de Direito, da Universidade Federal de Juiz de Fora, com seu método pedagógico que inclui filmes e plataforma online, objeto dessa dissertação. A pergunta de pesquisa consiste em verificar se a disciplina Instituições de Direito, na forma como foi estruturada e organizada, pode auxiliar na promoção do pleno desenvolvimento do educando no processo de formação jurídica, para além de uma análise dogmática estrita. Utilizando o conceito de cultivo da humanidade de Martha C. Nussbaum como marco teórico, realizou-se uma pesquisa empírico-qualitativa a partir de dois filmes trabalhados em aula (Grande Sertão: Veredas e Senhor das Moscas) e textos produzidos pelos estudantes, como unidades de análise, a fim de verificar se aquele método desenvolvia as capacidades elencadas por Nussbaum, notadamente a imaginação narrativa. A análise qualitativa indica que as inovações têm se mostrado eficazes ao desenvolver essas capacidades, incluindo uma maior percepção cívica e empática por parte dos estudantes.