Oxum no Rio Atlântico: aspectos da Orixá Oxum no Brasil e na África Iorubá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Tharsis Corrêa lattes
Orientador(a): Lages, Sônia Regina Corrêa lattes
Banca de defesa: Berkenbrock, Volney José lattes, Daibert Júnior, Robert lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18201
Resumo: Oxum é uma das divindades primordiais do panteão iorubá responsável por reger as águas, pela fertilidade e manutenção da humanidade. A orixá também detém poder sobre a riqueza e prosperidade, sob o cuidado das crianças, sob o destino/cabeça, sob a feitiçaria, sob o sagrado feminino e a cura a partir das águas. Com a chegada de seu culto à diáspora, Oxum adquiriu aspectos ligados ao amor, sedução, vaidade, jovialidade e sentimentalismo. Ao mesmo tempo, a orixá teve algumas de suas características retraídas pela associação feita com Nossa Senhora, devido à imposição do catolicismo durante o sistema colonial. Na presente dissertação, busca-se compreender como ocorreram os movimentos de inclusão e exclusão de certos aspectos, assim como quais foram as razões para tais eventos. Para isso, levamos em conta a influência do contexto histórico e social do desenvolvimento das Américas e do Brasil, o processo colonial e o surgimento das religiosidades afro-brasileiras. A partir da análise de mitos e outras literaturas brasileiras e iorubás, destacamos algumas similaridades e diferenças entre os dois territórios, apontando possíveis motivações para essas variações. Foram realizadas também entrevistas qualitativas estruturadas com frequentadores de religiões de matriz africana a fim de investigar como o contexto histórico-social e a experiência religiosa afetaram a construção de suas percepções individuais sobre a orixá. Por meio dessas observações, constatamos que Oxum é percebida como uma orixá multidimensional, que traz consigo ao mesmo tempo, características africanas e ocidentais. Essa hibridez permitiu a sobrevivência de seu culto na diáspora, mantendo Oxum apta a tomar diversas formas de acordo com o que seus fiéis necessitam.