Estudo teórico das interações não covalentes dos SI-PPCs com o fondaparinux

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Silveira, Rivael Francisco da
• Orientador(a): Costa, Luiz Antônio Sodré
• Banca de defesa: Rosa, Nathália Magalhães Paixão , Acosta, Maribel Coromoto Navarro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Química
• Departamento: ICE – Instituto de Ciências Exatas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: SI-PPCs; Modelo mimético; Grampos e garfos de sulfato; Mimetic models; Sulfate clamps and forks
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA
• Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16269

O câncer, um dos males que assolam a sociedade mundial, consiste no crescimento descontrolado de células e tem sido considerado há muito tempo uma questão de saúde pública mundial. Os compostos polinucleares de platina (II) com substituintes inertes (SI-PPCs) vêm ganhando notoriedade ao longo dos anos por demonstrarem efeitos antitumorais e antimetastáticos, pois suas interações são mais rápidas e efetivas em comparação aos compostos mononucleares, como a cisplatina. Sendo assim, diversos estudos vêm sendo realizados com o intuito de descrever como ocorre a interação dos SI-PPCs com alvos como o DNA e o sulfato de heparano (HS). Este trabalho teve como objetivo fornecer um estudo teórico das estruturas de três SIPPCs, a monoplatina, a diplatina e a triplatina, interagindo com um modelo mimético do sulfato de heparano, conhecido como Fondaparinux (FPX). Tais compostos, tem a capacidade de interagir com o FPX através de ligações não covalentes conhecidas como grampos e garfos de sulfato. O presente estudo visa analisar a formação desses grampos e garfos, através de cálculos teóricos utilizando o método 3c que contém três correções empíricas no seu protocolo operacional, além de mostrar como a correção da dispersão de London D3-BJ é de suma importância para a precisão dos resultados obtidos. A correção de base BSSE mostrou para dois sistemas que aqui foram denominados de s-MonoPt@A-FPX e s-MonoPt@AB-FPX uma diferença de 10 e 15 kcal mol-1 , respectivamente, na energia de complexação em relação a molécula otimizada sem o BSSE. Já a dispersão de London, D3-BJ, alterou a distância de interação entre átomos do complexo com o FPX, ou seja, essas correções são importantes em busca de uma estrutura estável. Outro ponto relatado, foram as interações do tipo grampos e garfos de sulfato, para a monoplatina, diplatina e triplatina, mostrando que o método permitiu descrever a formação de grampos na MonoPt e DiPt, e na TriPt houve a formação de um grampo e garfo em diferentes anéis, ou seja, uma ligação de longo alcance, sendo que essas interações são responsáveis pelo efeito antitumoral e pela inibição da angiogênese.