Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro, Margareth Alves Bastos e
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Orientador(a): |
Lucchetti, Giancarlo
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Banca de defesa: |
Tibiriçá, Sandra Helena Cerrato,
Nunes, Maria do Patrocínio Tenório |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10947
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Resumo: |
Introdução: Feedback no ensino médico nos últimos 30 anos tem sido alvo de pesquisas na área de educação médica e sua utilização vem sendo associada à melhora da aprendizagem por favorecer a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes. Diversas características desse método, tais como o nível a ser alcançado, o tempo de reavaliação, tipo, fonte, cenário e quem oferece o feedback, podem interferir na resposta a sua aplicação. Apesar das publicações acerca da importância do feedback na educação médica, a maioria das evidências científicas vem de estudos que demonstram sua eficácia em curto prazo, e, notadamente, ainda são escassas as evidências de estudos nessa temática no Brasil. Objetivos: Avaliar o impacto da utilização do feedback a médio prazo para a aprendizagem de aferição de pressão arterial entre estudantes de medicina do primeiro ano, comparando-se com um grupo controle que não recebeu feedback, e avaliar as evidências científicas disponíveis na literatura sobre a efetividade do feedback na educação médica através de uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Métodos: Estudo controlado, randomizado, utilizando-se ou não o feedback fornecido por professor, para estudantes do 1º período de medicina. Após um treinamento teórico-prático de aferição de pressão arterial, os estudantes foram randomizados em grupo controle (GC) e intervenção (GI). Para avaliação da habilidade imediatamente após o treinamento (T1), os estudantes foram submetidos a uma avaliação com paciente simulado, utilizando-se um checklist conforme a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Estudantes do GI receberam feedback imediatamente após a avaliação, enquanto o GC não recebeu qualquer tipo de feedback. Após 3 meses (T2), cada estudante foi reavaliado novamente de maneira idêntica ao (T1). Resultados: Um total de 92 (82,8%) estudantes de medicina do 1º período participaram do estudo, sendo 45 do GC e 47 do GI. No T1 (após as aulas de aferição da pressão arterial, não houve diferenças nos dados sociodemográficos, nem na habilidade aferida (GI=23,23 + 4,36) x GC=23,44 + 3,14), p=0,792, d=0,05). No T2 (após três meses), houve diferença significante do GI (escore=23,97 + 3,82) em relação ao GC (escore=20,91 + 4,87), p<0,001, d=0,69. Enquanto no GI houve uma manutenção nos escores após 3 meses (T1=23,23 e T2=23,97, p=0,335), no GC houve um decréscimo significante nos escores (T1=23,44 e T2=20,91; p=0,002). Ambos os grupos tiveram a mesma prática de aferição de pressão arterial após o T1 (p=0,617), o que não influenciou nos resultados. Conclusão: Os resultados deste trial sugerem que receber feedback propicia maior retenção da aprendizagem da habilidade de aferir pressão arterial a médio prazo. Os resultados prósperos deste estudo sugerem a importância de escolas médicas brasileiras adotarem essa ferramenta no ensino contribuindo para a centralização do ensino no estudante e para formação crítica-reflexiva do egresso. Novas pesquisas com aplicação dessa ferramenta devem ser realizadas para o ensino de outras habilidades em diversos períodos da formação médica. |