Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ana Paula de Melo
 |
Orientador(a): |
Magrone, Eduardo
 |
Banca de defesa: |
Perlatto, Fernando
,
Oliveira, Julvan Moreira de
,
Matta, Ludmila Gonçalves da
,
Heijmans, Rosemary Dore
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
|
Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3637
|
Resumo: |
Esta pesquisa tem por objetivo compreender dimensões do discurso dos intelectuais contrários à política de cotas raciais para ingresso de estudantes negros nas Instituições de Ensino Superior públicas do país, os argumentos utilizados por esses intelectuais e principalmente, como eles constituem a sua argumentação. A hipótese da pesquisa é a de que os intelectuais contrários às cotas raciais fazem uso da perspectiva “populista” para criticar a medida, embora o termo “populismo” permaneça oculto em seus discursos. O método de desenvolvimento de pesquisa fundamentou-se na análise de referencial teórico, dividido em duas etapas: inicialmente foi feito um levantamento histórico e contemporâneo do uso e das implicações do termo “populismo”; em um segundo momento foram analisadas algumas das obras das quais constam os discursos dos intelectuais contrários à política de cotas raciais. Após a identificação do modo como o discurso do “populismo” permaneceu presente nos argumentos analisados fizemos uso da teoria de Pierre Bourdieu com o objetivo de apresentar uma interpretação das possíveis condições que levaram a esse fato. A partir dessa perspectiva foi possível concluir que ocorreu um procedimento de eufemização, que por sua vez gerou uma autocensura. A eufemização trata-se de condicionamentos no discurso para que ele possa ser aceito socialmente. Desse modo, consideramos que o discurso dos intelectuais críticos às cotas raciais ocultou o termo “populismo” devido ao seu histórico de negação e desconstrução, mas a perspectiva representada por ele continuou presente no imaginário e nas percepções desses intelectuais, o que a fez refletir em suas interpretações e em suas construções críticas contrárias à implementação da medida. |