Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Souza, Márcio de Oliveira Resende
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Orientador(a): |
Alberto, Klaus Chaves
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Banca de defesa: |
Carvalho, Aline Werneck Barbosa de
,
Olender, Marcos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
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Departamento: |
Faculdade de Engenharia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/961
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Resumo: |
O campus como base física de suporte aos sistemas de educação superior de massa adotado de forma globalizada a partir dos anos 1950 e sua contextualização histórica e projetual no âmbito brasileiro encontra um número muito reduzido de estudos. A exemplo da Europa e dos Estados Unidos, sob as pressões demográficas ocorridas após a Segunda Guerra Mundial e como imperativo de desenvolvimento econômico, inúmeros campi brasileiros foram implantados. Porém, já em 1975, os Anais do I Seminário Nacional sobre Planejamento de Campi Universitários retratavam inadequações dos novos campi das universidades federais que as incapacitavam de atender às demandas da Reforma Universitária de 1968. Sucessivos acordos de empréstimo foram assinados com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para a reestruturação física desses espaços. O último deles, o Programa MEC/BID III, firmado nos anos 1980, destinou 105 milhões de dólares a nove universidades federais, visando expansões, preenchimento de lacunas e solução de deficiências físicas remanescentes da implantação desses campi nas décadas de 1960 e 1970. Como objetivo geral, este trabalho aborda um tema da maior importância para o planejamento físico do espaço universitário: a consolidação do campus como tendência internacional mesmo em países como a França, onde, até os anos 1950, ele não era sequer uma realidade a ser copiada, e o Brasil, onde até os anos 1960 predominavam faculdades isoladas. Como objetivo específico destaca-se a investigação dos aspectos históricos e arquitetônicos relacionados aos campi federais brasileiros na década de 1980, na esteira das ações de reestruturação e expansão física das universidades, no âmbito do Programa MEC/BID III, coordenado pelo Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico à Educação (CEDATE). A metodologia utilizada se relaciona com o campo dos estudos historiográficos na Arquitetura e no Urbanismo. A busca das fontes secundárias conduziu a pesquisa à Biblioteca da FAU/USP, onde foram coletados 42 artigos nacionais oferecidos pelo Índice de Arquitetura Brasileira e 90 títulos de artigos internacionais dos mais tradicionais periódicos. Conduziu também à UFF, onde foi coletada literatura específica sobre campus universitário e sobre o Programa MEC/BID III. Constituiu também importante fonte secundária a literatura internacional oferecida por Muthesius (2000), Chapman (2006), Turner (1984), De Carlo (2005) e outros do cenário nacional, como Alberto (2003), Cunha (2007) e Rodrigues (2001). As fontes primárias foram privilegiadas por meio de entrevistas com profissionais oriundos do CEDATE, bem como com arquitetos, engenheiros e gestores do processo de implantação do campus da UFJF na década de 1970 e outros atuantes em sua consolidação, na década de 1980. Para a materialização da abordagem, este trabalho apresenta um estudo de caso da Universidade Federal de Juiz de Fora, um campus típico oriundo das grandes implantações dos anos 1960 e consolidado posteriormente, nos anos 1980, por meio do Programa MEC/BID III. Os resultados encontrados ao longo do estudo evidenciam uma profunda identidade e convergência dos processos experimentados na Europa com a experiência vivida no ensino superior brasileiro a partir de meados do século XX. |