Comportamento hemodinâmico durante o estresse mental de crianças e adolescentes obesos com histórico familiar para hipertensão arterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Marcella lattes
Orientador(a): Laterza, Mateus Camaroti lattes
Banca de defesa: Martinez, Daniel Godoy lattes, Mira, Pedro Augusto de Carvalho lattes, Lima, Jorge Roberto Perrout de lattes, Castro, Antônio Paulo André de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional
Departamento: Faculdade de Fisioterapia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11181
Resumo: INTRODUÇÃO: Crianças e adolescentes obesos ou com histórico familiar (HF) de hipertensão arterial possuem maiores níveis de pressão arterial (PA) ao repouso e em situações estressoras. Não se sabe se a associação do HF de hipertensão arterial e obesidade, adiciona prejuízos à crianças e adolescentes durante esse tipo de situação. OBJETIVO: Comparar o comportamento pressórico de crianças e adolescentes obesos com e sem HF para hipertensão arterial durante o estresse mental. METODOLOGIA: Trinta e sete crianças e adolescentes obesos foram divididos nos grupos com HF para hipertensão (HF+, n=15, 13±2 anos de idade) e sem HF para a hipertensão (HF-, n=22, 12±3 anos de idade). O HF foi determinado pela presença autor relatada de pai e/ou mãe com hipertensão arterial. A PA (medida oscilométrica, DIXTAL® 2020) e a frequência cardíaca (cardiofrequencímetro Polar S810i®) foram registradas por 3 minutos em condição basal seguidos por 3 minutos do teste de estresse mental (Stroop ColorWord Conflict Test). Para análise dos dados foi utilizado ANOVA two-way seguido por múltiplas comparações utilizando post hoc de Bonferroni. Foi considerado significativo p<0,05. RESULTADOS: Em ambos os grupos os valores da PA sistólica (efeito tempo: p=0,01), PA diastólica (efeito tempo: p=0,01), PA média (efeito tempo: p=0,01) e frequência cardíaca (efeito tempo: p=0,001) aumentaram significativamente nos 3 minutos do estresse mental em relação ao basal. Porém, a PA sistólica e PA média foram significativamente maiores no grupo HF+ em comparação do grupo HF- ao longo de todo o experimento (PA sistólica HF+: Basal=122±12, 1ºmin=128±13, 2º min=128±13 e 3º min=127±15mmHg; HF-: Basal=112±12, 1ºmin=117±13, 2ºmin=119±14 e 3ºmin=116±12mmHg, efeito grupo: p=0,016), (PA média HF+: Basal=81±9, 1ºmin=86±10, 2ºmin=86±9 e 3ºmin=85±10 mmHg; HF- Basal=75±8, 1ºmin=79±10, 2ºmin=79±10 e 3ºmin=78±9 mmHg, efeito grupo: p=0,037). Os níveis de PA diastólica (HF+: Basal=60±8, 1ºmin=65±9, 2ºmin=65±9 e 3ºmin=64±9mmHg; HF-: Basal=57±7, 1ºmin=61±9, 2ºmin=60±9 e 3ºmin=59±9 mmHg, efeito grupo: p=0,092) e da frequência cardíaca foram semelhantes entre os grupos (HF+: Basal=77±11, 1ºmin=80±11, 2ºmin=81±12 e 3ºmin=81±12bpm; HF-: Basal=78±11, 1ºmin=79±11, 2ºmin=80±11 e 3ºmin=80±11bpm, efeito grupo: p=0,986). CONCLUSÃO: Crianças e adolescentes obesos com HF para hipertensão arterial apresentaram maiores níveis pressóricos em condições basais e de estresse mental em comparação aos seus pares sem HF para hipertensão arterial.