Da conciliação possível à ruptura: uma análise dos documentos de 1520 de Martinho Lutero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, João Henrique dos lattes
Orientador(a): Dias, Zwinglio Mota lattes
Banca de defesa: Dreher, Luís Henrique lattes, Berkenbrock, Volney José lattes, Assis, Angelo Adriano Faria de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3822
Resumo: A presente Tese de Doutorado tem seu foco nos principais tratados escritos por Martinho Lutero no ano de 1520, dos quais os mais importantes são: Sobre o cativeiro babilônico da Igreja; Sobre a liberdade do cristão e a Carta à Nobreza Cristã da Nação Alemã sobre a melhora do estamento cristão. Tais documentos podem ser considerados como o “programa da Reforma”, visto estabelecerem novas bases e postulados teológicos, assim como fundamentarem nova estrutura e ordenamento eclesiástico. Portanto, o que se pretende mostrar é que a Reforma efetivamente ocorreu em 1520, e não em 1517. Escritos antes de sua excomunhão, e sendo, no limite, as razões últimas desta, os documentos apontam para uma irreconciliável ruptura com Roma. Será apresentado também de que forma esses escritos foram lidos pela Igreja Romana e pela nobreza e povo alemães, mostrando as repercussões nesses estamentos. A Introdução apresentará as questões gerais que nortearam o trabalho, traçando o plano geral da Tese. O Capítulo I mostrará o percurso intelectual e humano de Martinho Lutero até a redação dos documentos estudados. O Capítulo II apresentará um panorama da Igreja Católica Romana e da Cristandade do Cisma do Ocidente (1378-1418) até o momento da eclosão da Reforma, focando especificamente na questão da crise de auctoritas e potestas, mostrando a crise do projeto hierocrático, e na questão das indulgências. Neste Capítulo, ainda, será apresentado o estado do Sacro Império Romano-Germânico quando da morte de Maximiliano I e da eleição de seu neto Carlos V, em 1519. O Capítulo III apresentará os tratados e sua repercussão nos diferentes estamentos da sociedade alemã e na Igreja Romana. A Conclusão retomará e aprofundará as questões apresentadas na introdução, à luz do exposto e desenvolvido nos três capítulos precedentes.