Democracia e política econômica no Brasil: os limites da politização das questões econômicas entre 1985-2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Leandro Ribeiro lattes
Orientador(a): Condé, Eduardo Antonio Salomão lattes
Banca de defesa: Diniz, Eli Roque lattes, Salles, Helena da Motta
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2895
Resumo: Estudo sobre o recente período democrático brasileiro e o tortuoso caminho percorrido até a estabilização econômica com o Plano Real. Tem como objetivo examinar de que forma as especificidades da democracia e do presidencialismo foram influenciadas e influenciaram a gestão macroeconômica no período compreendido entre 1985 e 2002. O fio condutor do trabalho é a constituição de um elemento, a um só tempo, técnico e político: a equipe econômica (Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e Banco Central). A formação e a atuação de diversas equipes resultaram em vários planos econômicos com a finalidade de combater as altas taxas de inflação. A urgência requerida para a solução deste problema durante os anos 80, em uma conjuntura de dupla transição, culminou em uma democracia delegativa onde o Executivo concentra grande poder de decisão, principalmente em matéria de política econômica. Estes atributos foram largamente utilizados nos períodos eleitorais em favor do grupo político que estava no poder, configurando os ciclos políticos-econômicos. Este ocorreu com o Plano Cruzado e, principalmente, com o Real, uma das principais razões para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O seu governo representou a adesão (iniciada por Fernando Collor) ao receituário neoliberal, confirmada pela gestão macroeconômica ortodoxa e pela adoção das “boas políticas e instituições”. O resultado disto foi o aprofundamento da monocultura institucional ao longo da última década que, somado ao presidencialismo de coalizão e a presença do elemento delegativo, permite afirmar que os governos neste período estiveram alicerçados na montagem de uma ampla base de apoio política e nos bons resultados da política econômica.