Atividade física, saúde mental e resiliência em idosos da comunidade em Juiz de Fora – estudo longitudinal de quatro anos de seguimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ávila, Maria Priscila Wermelinger lattes
Orientador(a): Lucchetti, Giancarlo lattes
Banca de defesa: Gorzoni, Milton Luiz lattes, Freitas, Isabelle Magalhães Guedes lattes, Ezequiel, Oscarina da Silva lattes, Marmora, Claudia Helena Cerqueira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00022
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12954
Resumo: Introdução: O envelhecimento populacional e as necessidades específicas dos idosos vêm sendo cada vez mais discutidos na sociedade atual. A perspectiva de aumento da população idosa requer medidas em saúde que atendam às novas demandas, como a saúde mental dos idosos. Medidas não farmacológicas e voltadas para os aspectos positivos e protetores do adoecimento no envelhecimento estão sendo cada vez mais estudadas, como forma de prevenção e promoção da saúde nessa faixa etária. A promoção da saúde mental dos idosos está relacionada aos recursos positivos e às estratégias de enfrentamento utilizadas para um envelhecimento saudável, como a prática de atividade física, a resiliência e o suporte social. Estudos demonstram que pessoas mais ativas fisicamente possuem maior resiliência e melhor saúde mental. Porém poucos são os estudos avaliando longitudinalmente a relação entre saúde mental, resiliência e atividade física nos idosos. Objetivos: Avaliar longitudinalmente a associação entre resiliência e saúde mental (depressão, ansiedade e estresse) em idosos e de que modo a atividade física influenciaria essa associação. Métodos: Estudo observacional longitudinal de seguimento de quatro anos (realizado em 3 ondas - 2015, 2017 e 2019) com idosos participantes do programa da FaMIdade (Faculdade Aberta à Melhor Idade) do Instituto Metodista Granbery, na cidade de Juiz de Fora, Brasil. Foram avaliados dados sociodemográficos, estado cognitivo (por meio de uma bateria cognitiva), nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ), resiliência psicológica (Escala de Resiliência Psicológica) e saúde mental (Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse - DASS 21). Foram realizadas análises estatísticas para verificar a associação entre resiliência e saúde mental e de que forma a atividade física influencia essa relação. Resultados: Na primeira onda da pesquisa, em 2015, foram avaliados 312 idosos. Na segunda onda, em 2017, foram avaliados 291 idosos. Em 2019, na terceira onda de seguimento foram avaliados 180 idosos. Os dados foram avaliados em dois momentos. O primeiro estudo longitudinal de dois anos (2015 e 2017) encontrou correlação negativa entre resiliência no início do estudo e depressão, ansiedade e estresse após 2 anos para a amostra geral. A atividade física influenciou a relação entre resiliência e saúde mental, sendo que indivíduos suficientemente ativos fisicamente fizeram mais uso componentes da resiliência ligados a superar, enquanto indivíduos insuficientemente ativos fisicamente fizeram maior uso de componentes intrínsecos da resiliência. Já o segundo estudo longitudinal de 4 anos (2015, 20017 e 20019) encontrou que a maioria dos idosos apresentou atividade física intermitente ao longo do tempo. Idosos que mantiveram atividade física contínua eram mais resilientes do que aqueles com atividade física intermitente. Além disso, os idosos com níveis mais elevados de resiliência apresentavam menores problemas de saúde mental. Conclusão: Esse estudo longitudinal corrobora os dados da literatura atual sobre a resiliência ser um fator protetor para saúde mental de idosos e sua ligação com atividade física, além disso acrescenta análises dos dados longitudinais, que melhoram a compreensão dos fatores causais que estão associados à saúde mental, resiliência e atividade física em idosos.