A vegetação lenhosa sobre solos quartzíticos na Serra Negra (Rio Preto, MG): estrutura, diversidade e gradientes ambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, José Hugo Campos lattes
Orientador(a): Carvalho , Fabrício Alvim lattes
Banca de defesa: Braga, João Marcelo Alvarenga lattes, Menini Neto, Luiz lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/895
Resumo: (A vegetação lenhosa sobre solos quartzíticos na Serra Negra (Rio Preto, MG): estrutura, diversidade e gradientes ambientais.). A Serra Negra é um componente do complexo da Serra da Mantiqueira em Minas Gerais, Brasil. Apresenta um mosaico vegetacional onde predominam florestas ombrófilas e campos rupestres. Fisionomias arbustivo-arbóreas ocorrem sobre solos quartzíticos. O presente estudo tem o objetivo de investigar os padrões de estrutura e diversidade da vegetação lenhosa sobre solo quartzítico na Serra Negra e sua relação com as variáveis ambientais e édaficas. Dez parcelas (20m X 50m) foram alocadas aleatoriamente em manchas de campo rupestre ao longo da paisagem, totalizando um hectare de amostra. Foram medidos todos os indivíduos lenhosos com diâmetro a 30cm do solo (DAB) maior ou igual a 3 cm. Foram mensurados o DAB, altura e espécie de cada indivíduo. Para a análise das variáveis edáficas, foram coletadas amostras de solo superficial (20 cm de profundidade) em cada parcela. Foram levantadas ainda a altitude, declividade e porcentagens de cobertura por rocha, solo exposto e vegetação. Foram amostrados 1899 indivíduos, distribuídos em 30 famílias e 68 espécies. Foi encontrada uma forte dominância ecológica, com cerca de 30% dos indivíduos pertencentes a uma única espécie, Eremanthus incanus (Less.) Less. (Asteraceae). O índice de diversidade de Shannon (H’) encontrado foi de 2,74 nats/indivíduo e a equabilidade (J) foi de 0.65. A análise de correspondência canônica (CCA) mostrou que as variáveis altitude e cobertura por solo exposto foram as mais correlacionadas com a estrutura da vegetação. As duas espécies mais abundantes e ecologicamente importantes nesta fitofisionomia, E. incanus e E. erythropappus (DC.) MacLeish, apresentam potencial econômico e são exploradas na região, principalmente para lenha. A sobre exploração dessas espécies, aliada a outros fatores como o crescimento do turismo, podem apresentar riscos para a conservação da flora da região.