Melastomataceae A. Juss. da Serra Negra, Minas Gerais: tratamento taxonômico, distribuição nas fitofisionomias e similaridade florística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Justino, Luciana Leitão lattes
Orientador(a): Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Romero, Rosana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1801
Resumo: A Serra Negra está integrada ao Complexo da Mantiqueira, ao Sul da Zona da Mata Mineira, entre os municípios de Bom Jardim de Minas, Lima Duarte, Olaria, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. Apresenta altitudes que variam de 800 a 1700 m com uma vegetação caracterizada por um mosaico vegetacional marcado pelas fitofisionomias florestais, arbustivas e campestres, abrigando uma elevada riqueza de espécies, bem como táxons endêmicos. Na Serra Negra, Melastomataceae é uma das famílias mais representativas, composta por 66 espécies e 20 gêneros: Acisanthera, Behuria, Bertolonia, Cambessedesia, Comolia, Huberia, Lavoisiera, Marcetia, Meriania, Microlicia, Mouriri, Ossaea, Pleiochiton, Rhynchathera, Siphanthera (monoespecíficos); Clidemia (2 spp.); Leandra (16 spp.); Miconia (17 spp.); Tibouchina (13 spp.) e Trembleya (3 spp.). Tibouchina boaraceiensis, endêmica de São Paulo, foi registrada como nova ocorrência para o estado de Minas Gerais, enquanto Tibouchina sp. nov. é considerada um novo táxon para a flora do brasileira e, até o momento, endêmico da área de estudo. Behuria parvifolia, Huberia nettoana e Meriania claussenii são consideradas ameaçadas de extinção a nível regional ou nacional. As formações florestais apresentaram o maior número de espécies exclusivas (22 spp.), com predomínio de espécies com hábito arbóreo dos gêneros Miconia e Leandra, seguidos por Meriania, Mouriri e Tibouchina. Nas formações arbustivas e campestres, prevaleceram as espécies arbustivas e subarbustivas dos gêneros Cambessedesia, Comolia, Lavoisiera, Marcetia, Microlicia, Siphanthera e Trembleya, típicos dos campos rupestres. A flora de Melastomataceae da Serra Negra apresenta maior similaridade com o Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Parque Nacional do Itatiaia, Rio de Janeiro e Parque Estadual do Forno Grande, Espírito Santo. Os valores de similaridade com os campos rupestres da Cadeia do Espinhaço e com fitofisionomias florestais e campestres do Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo são baixos. A análise de autocorrelação espacial demonstrou que a similaridade florística não diminui com o aumento da distância geográfica. A heterogeneidade de habitats somada a fatores bióticos, como dispersão e germinação das sementes, podem estar influenciando a distribuição das espécies de Melastomataceae.