Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Bárbara Thaís Ávila de
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Orientador(a): |
Felippe, Miguel Fernandes
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Banca de defesa: |
Santos, Gisele Barbosa dos
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Magalhães Junior, Antônio Pereira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12392
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Resumo: |
O rompimento da barragem de rejeitos de Fundão na bacia hidrográfica do rio Doce, ocorrido em novembro de 2015, é tido como o maior desastre ambiental (tecnológico) da história do país. A deposição abrupta da carga sedimentar no fundo dos vales ocasionou a formação de espessos pacotes de sedimentos tecnogênicos. A opção de manejo adotada pela gestora do desastre, a Fundação Renova, é a manutenção dos rejeitos nos ambientes de deposição. Proposta essa baseada em uma suposta inércia química do material, que se manteria geoquimicamente estável desde que não submetido a condições de redução. Condição essa que não implicaria em danos potenciais a partir da contaminação química das águas subsuperficiais e subterrâneas. Em vista da opção de manejo elegida e do questionamento à inércia química preconizada temse como objetivo avaliar a mobilização dos elementos químicos dos depósitos de rejeito em ambientes marginais do corredor hídrico afetado à luz das proposições de manejo. Para a realização do estudo foi selecionado trecho do corredor hídrico afetado compreendido entre a barragem de Fundão e a UHE de Risoleta Neves. Foram selecionadas 3 seções transversais, onde foram alocados pares de pontos por seção, totalizando 6 pontos amostrais nos quais foram feitas as coletas dos rejeitos. Foram realizados ensaios de lixiviação nos rejeitos para verificar a mobilização dos elementos químicos a partir do contato com as águas percolantes de pH ácido e básico. No extrato lixiviado resultante foram mensurados os parâmetros físico-químicos pH, condutividade elétrica, turbidez e os elementos maiores Fe, Al, Si e Mn e os elementos-traço As, Ba, Cd, Pb, Cu, Co, Cr, Ti, Ni, V, e Zn mensurados. Indica-se que, diante das concentrações mensuradas nos extratos lixiviados, a inércia química preconizada é questionável, sobretudo se os materiais tecnogênicos forem mantidos em condições redutoras em ambientes de maior acidez. Os pontos amostrais situados nos ambientes marginais adjacentes ao canal fluvial foram aqueles que apresentaram, sobremaneira, as maiores concentrações de elementos químicos nos lixiviados. A mobilização de elementos químicos observada enseja a realização de debates acerca das práticas de manejo que mais se adequem as áreas úmidas naturalmente redutoras que tem o potencial de fornecer condições que viabilizem a lixiviação dado o contato permanente ou periódico com as águas. |