World press photo of the year: a reconfiguração estética do fotojornalismo contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Roberta Cristiane de lattes
Orientador(a): Vieira, Soraya Maria Ferreira lattes
Banca de defesa: Ferreira, Jorge Carlos Felz lattes, Mello, Christine Pires Nelson de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10117
Resumo: A presente pesquisa busca analisar o fotojornalismo contemporâneo a partir da Foto do Ano do World Press Photo (World Press Photo of the Year), principal categoria de uma das mais importantes premiações da fotografia jornalística. A violência e o sofrimento humano sempre foram uma das principais temáticas dessas fotografias, caracterizando o modelo das Fotoschoque. Porém, a partir da década de 1990, observou-se que, apesar do tema ser o mesmo, ele é abordado de forma mais branda e menos explícita, aproximando-se do conceito de Fotografia-expressão defendido pelo teórico da fotografia, o francês André Rouillé. Ao contrário das características do índice peirciano (típico do formato analógico da fotografia) que as Fotos-choque parecem representar, a fotografia-expressão se aproxima do conceito de símbolo da semiótica de Charles S. Peirce: elas evidenciam e congregam do contexto super simbólico da sociedade digital contemporânea. Partindo de tal constatação, poderíamos inferir que o fotojornalismo premiado na Foto do Ano do World Press Photo é produto do seu tempo e, por este motivo, fruto de uma reconfiguração estética do fotojornalismo. O percurso metodológico desse trabalho é constituído por análise fotográfica a partir do conceito de fotografia-expressão, e a posterior discussão acerca de sua coerência com as características do símbolo segundo a semiótica peirciana.