Gilda Chataignier e a passarela do Jornal do Brasil: moda e elegância no Rio de Janeiro de 1962 a 1964

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bernardo, Juliana de Assis lattes
Orientador(a): Bonadio, Maria Claudia lattes
Banca de defesa: Silva, Elisabeth Murilho da lattes, Rainho, Maria do Carmo Teixeira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes
Departamento: IAD – Instituto de Artes e Design
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17194
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar a coluna de moda Passarela, que compôs o Caderno B do Jornal do Brasil a partir de 1962 que foi escrita pela jornalista Gilda Chataignier entre 1962 a 1968, observando as maneiras que o tema é apresentado dentro do primeiro caderno de cultura do JB. A seção surgiu como parte da reformulação do periódico implementada pelo jornalista Alberto Dines em 1962. A coluna foi veiculada entre os anos de 1962 e 1969, como decorrência de sua reforma gráfica que culminou na criação de um caderno de cultura diário, o Caderno B. Neste trabalho explorei os dois primeiros anos da coluna, de 1962 a 1964, pois, este foi um período em que Passarela ainda estava conectada a um viés parisiense de moda e comportamento que remetia ao período anterior, contudo, ao mesmo tempo, ela olhava para o Rio de Janeiro como um polo cultural. Quando Passarela foi criada no Caderno B, a moda passou a estar junto com outras manifestações culturais como o teatro, a literatura, a música e o cinema, representando uma novidade para o jornalismo da época. No decorrer do trabalho analisei ainda: a importância da escolha da jornalista Gilda Chataignier (1940-2019) para ser editora da seção; os principais temas abordados em Passarela, bem como o fato da seção ser, antes de mais nada, uma espécie de guia de moda e elegância para suas leitoras — sendo uma espécie de vitrine da Zona Sul da cidade, que naquele momento começou a se destacar como espaço de cultura. Investiguei ainda, acerca da ideia de elegância e feminilidade difundida pela coluna tentando delinear como deveriam se vestir e se portar as mulheres elegantes do período. A fim de entender como os conceitos e padrões de moda e elegância eram divulgados e idealizados por Gilda Chataignier em sua coluna utilizei a concepção de habitus, elaborado por Pierre Bourdieu e de lugares de moda de Rosane Feijão de Toledo Camargo, assim como as ideias de Norbert Elias e Claudine Haroche acerca da etiqueta e gestualidade como uma forma de aquisição de poder e status dentro da sociedade e o aparato histórico de Maria do Carmo Teixeira Rainho a respeito da moda no Rio de Janeiro na década de 1960 e de Patrícia Ferreira de Souza Lima sobre a criação e consolidação do Caderno B, como referenciais teóricos.